Economia
Inflação na China continua fraca apesar da recuperação na indústria e comércio
Fraqueza dos preços indica que a demanda por produtos industriais permanece fraca no país, apesar de sinais de uma recuperação modesta nos últimos meses.
Os preços nos portões das fábricas da China registraram queda a um ritmo mais forte do que o esperado para outubro. O resultado foi pressionado pela demanda fraca por combustível, embora os setores comerciais e de indústria tenham apresentado forte recuperação da crise provocada pela Covid-19.
A inflação ao consumidor no período também foi fraca, chegando à mínima em 11 anos uma vez que os preços da carne suína interromperam um ano e meio de fortes aumentos que foram motivados pela falta da popular carne no mercado.
Além de refletir principalmente variações em itens voláteis, a fraqueza dos preços também indica que a demanda por produtos industriais permanece fraca na segunda maior economia do mundo, apesar de sinais de uma recuperação modesta nos últimos meses.
Segundo a Agência Nacional de Estatísticas, o índice de preços ao produtor recuou 2,1% em outubro na comparação com o ano anterior, mesmo ritmo de setembro, superando expectativa em pesquisa da Reuters que previa recuo de 2,0% no período.
“Esperamos que tanto os preços ao produtor quanto ao consumidor fiquem fracos no quarto trimestre”, afirmou Zhaopeng Xing, economista de mercados do ANZ. “Entretanto, a inflação deve se recuperar depois do primeiro trimestre de 2021, graças à crescente demanda pós-pandemia”, acrescentou.
Na base mensal, os preços ao produtor continuaram estáveis, de uma alta de 0,1% no mês anterior.
Já o índice de preços ao consumidor cresceu 0,5% sobre o ano anterior, sendo este seu ritmo mais lento desde outubro de 2009, contra expectativa de alta de 0,8% em pesquisa da Reuters e avanço de 1,7% em setembro.
Os preços da carne suína recuaram 2,8% em outubro na comparação anual, indicando a primeira deflação após 19 meses de fortes aumentos em decorrência de restrições de oferta pela febre suína africana. Os preços haviam subido 25,5% em setembro.
Na comparação mensal, os preços ao consumidor baixaram 0,3% em outubro.
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