Inimigos da economia: descubra quais eletrodomésticos mais gastam energia

O brasileiro está sentindo no bolso o aumento da energia elétrica e o crescimento contínuo no consumo de eletricidade, por isso, é essencial entender quais eletrodomésticos em nossa casa são os maiores vilões da conta de luz.

Em 2024, o uso de eletricidade no Brasil cresceu 7,3% em relação ao ano anterior, com a classe residencial sendo a maior responsável pelo consumo, totalizando 46.242 GWh.

Este artigo explora quais aparelhos são mais responsáveis pelo alto consumo de energia e como você pode calcular e reduzir tais gastos.

Eletrodomésticos: quais consomem mais energia?

Alguns itens são conhecidos por consumir grandes quantidades de eletricidade. Vamos detalhar quais são os principais responsáveis por aumentar a sua conta de luz:

Cooktops

Os cooktops são conhecidos por seu alto consumo energético. Eles funcionam com bobinas elétricas ou superfícies cerâmicas que aquecem para cozinhar os alimentos.

Um cooktop de 2.000 watts, funcionando duas horas por dia, gasta cerca de 120 kWh por mês. O custo mensal aproximado é de R$ 111,81, segundo a calculadora da Enel.

Optar por um modelo com alta eficiência energética pode ajudar a reduzir esses custos.

Geladeiras e freezers

Essenciais em qualquer casa, geladeiras e freezers funcionam 24 horas por dia para manter os alimentos refrigerados ou congelados.

Uma geladeira duplex demanda em média 117 kWh por mês, resultando em um custo de aproximadamente R$ 109 mensais.

A frequência com que a porta é aberta e o estado das borrachas de vedação podem impactar significativamente o consumo.

Máquinas de lavar roupa e secadoras

Uma máquina de lavar roupa consome cerca de 90 kWh por mês, resultando em uma despesa de R$ 83,85 para um uso diário de 3 horas.

As secadoras, embora menos comuns, também exigem uma energia significativa, com um gasto médio de 60 kWh por mês, equivalente a R$ 55,90.

Fornos elétricos

Um forno elétrico de 2.000 watts, utilizado por 20 minutos diariamente, consome cerca de 20 kWh por mês, resultando em um custo de R$ 18,63. No entanto, o gasto pode variar com base na potência e no tempo de uso.

Aparelhos em standby

Estima-se que esses aparelhos, conectados à tomada mesmo quando estão desligados, representem até 12% do consumo total de eletricidade.

Carregadores de celular, TVs e micro-ondas são exemplos de aparelhos que contribuem para essa despesa.

Eletrodomésticos podem consumir eletricidade mesmo quando estão desligados, mas conectados à tomada – Imagem: reprodução

Como fazer o cálculo de gasto energético?

Para calcular o consumo de energia dos seus eletrodomésticos e entender melhor como cada um contribui para a sua conta de luz, siga esta fórmula simples:

1. Identifique a potência do aparelho em watts (W): geralmente indicada na etiqueta do produto ou no manual;

2. Calcule o consumo diário (em kWh): potência (W) x tempo de uso diário (horas) / 1000​;

3. Calcule o consumo mensal: multiplique o consumo diário por 30 (número médio de dias no mês);

4. Calcule o custo mensal: multiplique o consumo mensal (em kWh) pelo custo da eletricidade na sua região (R$/kWh), que pode ser encontrado no site da ANEEL.

Como economizar na conta de luz, afinal?

Reduzir o consumo de energia não só ajuda a diminuir a conta de luz, mas também contribui para a preservação do meio ambiente.

São maneiras eficazes de reduzir o consumo de energia e colaborar para um ambiente mais sustentável:

• Ajustar o tempo de uso dos aparelhos;

• Adotar hábitos que economizam energia;

• Realizar manutenção frequente nos eletrodomésticos para garantir sua eficiência, agendando verificações periódicas e consertando problemas assim que surgirem;

• Aproveitar as ofertas de eficiência energética ao comprar novos eletrodomésticos.

Entender quais eletrodomésticos são responsáveis pelo maior consumo de energia é o primeiro passo para controlar e reduzir seus gastos com eletricidade.

Os cooktops, geladeiras, máquinas de lavar roupa e fornos elétricos são os principais culpados, mas o consumo de aparelhos em standby também pode ser significativo.

Com manutenção adequada, redução do tempo de uso e hábitos mais eficientes, é possível fazer uma grande diferença na sua fatura de energia elétrica.

*Com informações da ENEL, Valor Econômico e Agência Brasil.