Finanças
INSS introduz robôs para aumentar a produtividade de seus processos
A tecnologia passará a ser utilizada depois que o contrato temporário foi encerrado com os funcionários do Gabinete de Crise de Diligências.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começará a utilizar robôs nas primeiras fases dos processos recursais daqueles benefícios que foram negados aos segurados, tal como aposentadorias, pensões e auxílios. A tecnologia passará a ser utilizada depois que o contrato temporário foi encerrado com os funcionários do Gabinete de Crise de Diligências.
Veja também: Segurados poderão acessar seu pedido de aposentadoria pelo Meu INSS; saiba mais
Recentemente, a medida foi publicada em portaria e envolve o Ministério do Trabalho e Previdência, Secretaria de Previdência Social e o Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). No documento, consta um grupo de trabalho para implantação da utilização de inteligência artificial.
Os recursos são uma ferramenta jurídica utilizado por aquele segurado quando seus pedidos são indeferidos pelo INSS. O prazo para recorrer da decisão é de 30 dias a partir do indeferimento do órgão. O segurado precisa dos documentos que garantam seu benefício para entrar com o recurso.
É importante lembrar que aqueles documentos que foram utilizados na primeira análise do benefício e compõem o processo administrativo do INSS, precisam estar presentes no recurso. O trabalho e conferir a documentação que antes era feita por servidores, nesse momento será realizada por robôs.
Visto que os sistemas do INSS e do CRPS não possuem uma integração, quando o beneficio é negado pelo INSS, somente a petição inicial do segurado irá para o conselho, ficando pelo caminho a documentação apresentada na primeira fase.
Com a ausência dos documentos, o pedido era devolvido até que o segurado trouxesse toda documentação necessário para análise do pedido. Todo esse processo atrasava muito a vida dos segurados, pois cada fase demorava meses.
A partir da introdução da tecnologia e a integração dos sistemas, as fases iniciais e mais burocráticas do processo serão realizadas pela inteligência artificial.
“O que foi feito com essa portaria foi a robotização desse procedimento, para instrumentalizar o processo em fase de recurso para que ele seja encaminhado de forma completa.
Tudo que estiver na plataforma do Meu INSS relativo àquele processo será encaminhado para que o conselheiro possa fazer o julgamento adequado, com todos os documentos”, explica a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Adriane Barante.

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