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Política

INSS: Servidores pedem apoio a deputados

Estado de Greve.

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Representantes dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) solicitaram dia 14 o apoio dos deputados para negociar com o governo federal o fim da greve da categoria, que teve início em 16 de julho e já se estende por 29 dias.

As principais reivindicações dos servidores incluem um reajuste salarial com a incorporação de gratificações ao vencimento básico, a realização de concurso público, e a melhoria das condições de trabalho. O debate sobre a greve foi promovido pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.

Após ouvir os pedidos dos servidores, o presidente da comissão, deputado Glauber Braga (Psol-RJ), propôs que, em 24 horas, a comissão, juntamente com os sindicatos, formalize um documento a ser enviado à ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. “O primeiro ponto é solicitar ao ministério que realmente abra um canal de negociação”, afirmou Braga.

INSS

Durante a reunião, os representantes das categorias criticaram a terceirização de alguns serviços do INSS e as condições de trabalho nas agências, destacando problemas na digitalização e informatização dos processos.

“Nossos principais focos são a carreira, a pauta remuneratória e as condições de trabalho. Hoje, o órgão está sucateado. Os trabalhadores não têm equipamentos adequados, a internet é lenta, e os sistemas são obsoletos”, enumerou Thaize Antunes, representante de São Paulo na Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps). “Precisamos dessas melhorias para oferecer um serviço adequado”, acrescentou.

Sobre a terceirização, Lídia de Jesus, da Fenasps da Bahia, afirmou: “Temos dados que mostram que R$ 8 bilhões estão sendo gastos com terceirização. Esse valor poderia ser investido na valorização da nossa carreira, nos salários, na estruturação das agências e na realização de concursos públicos.”

Fenasps

Cristiano Machado, da Fenasps de São Paulo, criticou o atual modelo de remuneração do INSS, que, segundo ele, “coloca os servidores contra a parede”, com um vencimento básico abaixo do salário mínimo e gratificações que compõem 80% da remuneração total.

Machado também mencionou o adoecimento de servidores devido ao excesso de trabalho e defendeu novas contratações para lidar com o acúmulo de processos no órgão. “Quem trabalha em uma agência ou em teletrabalho sabe o desafio que é lidar com um volume tão grande de processos diariamente, muitas vezes sem contar com 85% da força de trabalho, mesmo fora do período de greve,” criticou.

De acordo com o Ministério de Gestão e Inovação, a proposta apresentada à categoria prevê um ganho acumulado de 24,8% entre 2023 e 2026 para servidores ativos e inativos. No entanto, os sindicatos reivindicam um reajuste de 33% e permanecem em greve.

(Com Agência Câmara).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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