A investigação sobre ocultação de ataque hacker na Uber em 2016 continua

Foi decidido, no dia 28 de junho, por um juiz federal dos Estados Unidos que um ex-chefe de segurança digital, da gigante Uber, deverá enfrentar as acusações de fraude eletrônica por seu suposto papel nas tentativas de ocultar um ataque hacker que foi sofrido pela empresa em 2016 e teve informações pessoais de mais de 57 milhões de passageiros e motoristas expostas.

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O acusado foi indiciado originalmente no processo em setembro de 2020 e acreditamos que seja o primeiro executivo de segurança da informação que tenha sido acusado criminalmente por tentar ocultar informações de um ataque hacker.

Nos EUA, o departamento de justiça adicionou no mês de dezembro três acusações contra Joseph Sullivan em um processo aberto anteriormente, alegando que o mesmo pagou dois hackers em troca do seu silêncio, enquanto tentava esconder o ataque dos passageiros, motoristas e da Comissão Federal de Comércio do País (FTC).

O juiz William Orrick declinou a defesa de Sullivan onde argumentou problemas na acusação. Orrick também recusou a alegação de Sullivan de que as pessoas que foram aparentemente enganadas haviam sido o até então o executivo da Uber, Travis Kalanick, e seu conselheiro geral, não os motoristas que estavam cadastrados na plataforma.

Os advogados de Sullivan foram indagados e não responderam aos pedidos solicitados. Sullivan, além de enfrentar o processo de ocultação do hacker, também enfrenta duas acusações de obstrução.

Os promotores informaram que Sullivan pagou aos hackers aproximadamente 100 mil dólares em bitcoins e pediu para que eles assinassem acordos de confidencialidade onde afirmava falsamente que não tinham roubados os dados.

Dara Khosrowshahi, até então atual presidente executivo da Uber, demitiu Sullivan depois de ficar sabendo dos acontecimentos e quão grande foi a invasão dos dados.