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Finanças

IPTU e IPVA: como efetivamente aproveitar os descontos nos pagamentos

Muitas vezes somos enganados por cálculos que fazemos de forma automática sem refletir muito sobre, deixando passar oportunidades de poupar dinheiro. Leia mais!

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Descontos

O IPTU é o Imposto Predial e Territorial Urbano, é um tributo que incide sobre cada uma das propriedades imobiliárias urbanas, sendo para todos os tipos de imóveis em uma região urbanizada, como residências, prédios comerciais, apartamentos, salas comerciais, etc. A cobrança acontece de forma anual pela Prefeitura de cada cidade, que determina os critérios.

Nesse sentido, existem algumas vantagens em quitar a taxa de IPTU este ano, uma vez que, geralmente, somos enganados por contas rápidas que nosso cérebro teima em fazer.

À vista disso, suponhamos que você resida em um país longínquo e decida comprar uma TV super moderna, o preço desse aparelho normalmente é R$10.000,00, havendo duas possibilidade de aquisição mostradas pelo vendendo: na primeira é possível pagar o valor no cartão a debitar apenas em um ano daqui para a frente e a segunda é de pagar à vista com 25% de desconto.

Ou seja, para fazer a melhorar decisão sob uma óptica financeira, é necessário comparar a taxa embutida no desconto acima para pagamento à vista com uma taxa de referência, um conceito conhecido em finanças que atende pela expressão “custo de oportunidade”.

Desse modo, o valor dessa dívida passa a ser a taxa de referência. Dessa forma, se você não possui dívidas, a taxa que aquele dinheiro poderia ser investido sem risco passa a ser sua referência de comparação. Ainda, suponhamos que nesse país longínquo a possibilidade de investir sem riscos é de 30% ao ano, sem cobrança de impostos.

Nesse caso, evidentemente, a maioria das pessoas irá acreditar que o desconto de 25% não é suficiente para fazer-me comprar a TV à vista porque eu consigo investir aquele dinheiro a 30% de juros. Entretanto, eu sinto em informar que essa escolha é extremamente equivocada, visto que a conta que nosso cérebro faz é equivocada ao simplesmente perceber que 30% é maior que 25%, o que de fato, não é.

O erro está na premissa de acreditar que um desconto é comparável a uma taxa de investimento. Portanto, para a comparação ser efetiva, de fato, é preciso transformar a taxa de desconto em taxa de investimento e assim, pode-se compará-las. Para fazer isso, note que hoje, a TV custaria R$7.500,00 — R$10.000 com 25% de desconto, ou seja, com R$2.500 de desconto. Isto significa que você tem então a possibilidade de pagar hoje R$7.500 ou R$10.000 em um ano.

Note que para R$7.500 se transformar em R$10.000, há necessidade de um aumento de 33,3% — um terço de R$7.500 resulta em R$2.500, exatamente o incremento que falta para o valor à vista se transformar no valor a pagar em um ano.

Dessa forma, o “desconto de 25%” acaba sendo um valor de 33,3% em taxa de investimento, tornando-se maior que os 30% anteriores. Nessa perspectiva, caso você possua condições, vale a pena fazer um esforço para pagar essas contas à vista, a conta correta precisa ser feita para a melhor tomada de decisão possível.

No início do ano, geralmente há uma série de compromissos que podemos pagar a prazo ou à vista, como IPVA, IPTU, material escolar das crianças e assim em diante. Contudo, a decisão de pagá-los à vista ou não deve estar fundamentada na ideia de aproveitar-se, efetivamente, desses descontos que são proporcionados, visto que é nesse determinado momento que o planejamento financeiro faz toda a diferença.

Geógrafo e pseudo escritor (ou contrário), tenho 23 anos, gaúcho, amante da sétima arte e tudo que envolva a comunicação

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