ISA Cteep reporta lucro 33,7% maior no 1TRI24; confira

A empresa de transmissão de energia ISA Cteep (TRPL4) divulgou ontem um lucro líquido de R$ 409,2 milhões referente ao primeiro trimestre, representando um aumento de 33,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho reflete a estratégia de crescimento por meio de novos ativos e investimentos para aumentar a receita, conforme destacado por executivos da empresa.

Durante os meses de janeiro a março, o lucro operacional da transmissora, medido pelo Ebitda, alcançou R$ 896,9 milhões, um aumento de 21,4% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Além disso, a receita líquida registrou um crescimento de 24,3%, totalizando R$ 1,1 bilhão.

Vale lembrar que a Eletrobras (ELET3; ELET6), detentora de 35,74% do capital da Cteep, chegou a lançar uma oferta para alienar sua participação no ano passado, mas posteriormente a retirou. Neste mês, a empresa obteve uma autorização dos debenturistas para avançar com várias transações, incluindo a transferência de ativos e mudança de controle de subsidiárias, o que poderá retomar esse processo.

ISA Cteep (TRPL4)

Segundo a Reuters, a empresa também aguarda uma decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a indenização paga às transmissoras que renovaram contratos em 2012, um processo bilionário que está sob questionamento devido a supostos erros de cálculo e cuja revisão poderia reduzir os pagamentos à Eletrobras e à Cteep.

Embora o processo esteja em pausa na Aneel, surgiram rumores de que ele poderia ser retomado em breve, uma vez que o mandato de Hélvio Guerra, diretor relator do processo, está prestes a expirar em maio.

O impacto da correção dessa indenização, que é financiada por meio de encargos embutidos na conta de energia elétrica, é estimado em cerca de R$ 16 bilhões, beneficiando principalmente geradores e consumidores.

Certames

A ISA Cteep foi uma das principais vencedoras dos certames realizados no ano passado, conquistando três grandes projetos que deverão ser concluídos a partir de 2026. Em virtude dos compromissos assumidos, a empresa optou por não participar do leilão realizado em março deste ano.

A empresa encerrou o primeiro trimestre com uma alavancagem medida pela dívida líquida/Ebitda de 2,29 vezes, um nível considerado “confortável”, conforme destacou a diretora financeira, e ligeiramente abaixo das 2,39 vezes registradas no trimestre anterior.