Itaú anuncia pagamento de JCP

O Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou a aprovação do pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) para seus acionistas. O valor será de R$ 0,27298 por ação, com uma retenção de 15% de Imposto de Renda na fonte, resultando em um valor líquido de R$ 0,232033 por ação.

Acionistas que são pessoas jurídicas e estão comprovadamente isentos ou imunes ao imposto não terão essa retenção aplicada e receberão o pagamento até 30 de abril de 2025.

A base de cálculo será a posição acionária final registrada no dia 19 de setembro de 2024, e as ações serão negociadas “ex-direito” a partir do dia 20 de setembro de 2024.

Os JCP são uma forma de remuneração usada por empresas brasileiras, especialmente aquelas de capital aberto, para distribuir lucros aos acionistas. Enquanto os dividendos não são tributados, o JCP é sujeito a uma alíquota de 15% na fonte.

Esse modelo permite que a empresa registre o JCP como uma despesa, o que pode reduzir a base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Para os acionistas, o JCP representa uma forma adicional de rendimento, aumentando a atratividade dos investimentos em ações.

Itaú Unibanco (ITUB4)

No dia 6 o maior banco anunciou um lucro líquido recorde de R$ 10,07 bilhões no segundo trimestre deste ano. Esse resultado representa um crescimento de 15,2% em relação ao mesmo período de 2023 e um avanço de 3,1% sobre o primeiro trimestre de 2024.

O lucro recorde foi impulsionado pela redução de 0,3 ponto percentual nos índices de inadimplência, que caíram para 2,7% em um ano, considerando os correntistas com atrasos superiores a 90 dias. O patrimônio líquido do banco alcançou R$ 183,79 bilhões, um aumento de 8,6% em relação ao segundo trimestre do ano passado. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) também teve uma melhoria, subindo 1,5 ponto percentual para 22,4%.

A carteira de crédito do Itaú cresceu 8,9% em um ano, totalizando R$ 1,25 trilhão em junho. Ao mesmo tempo, o custo de crédito caiu 6,7%, para R$ 8,812 bilhões. O balanço do banco destaca que “o crescimento do crédito continua a impactar positivamente a margem com clientes, assim como a maior margem com passivos devido ao aumento do saldo das captações.”

O banco

O banco também registrou uma expansão nos ativos totais, que incluem R$ 68,9 bilhões em títulos e valores mobiliários, R$ 42,7 bilhões em operações de crédito, com destaque para as carteiras de grandes empresas e da América Latina, e R$ 31,8 bilhões em outros ativos, principalmente na carteira de câmbio.

As receitas de serviços e seguros cresceram 5% no trimestre, destacando-se o aumento nas receitas de operações de banco de investimento e administração de recursos.