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Itaú suspeita de irregularidades envolvendo ex-diretores

Maior banco privado da AL.

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O Itaú Unibanco (ITUB4), maior banco privado da América Latina, enfrenta turbulências internas com denúncias de irregularidades que envolvem dois de seus ex-executivos de alto escalão. As acusações atingem áreas estratégicas da instituição, com desdobramentos sobre ética corporativa e governança.

No último dia 6, o Itaú apresentou uma petição à Justiça de São Paulo acusando seu ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel Lopes de irregularidades na contratação de pareceres técnicos. De acordo com a instituição, há indícios de que Broedel seria sócio oculto de uma das consultorias contratadas para a emissão desses pareceres, o que configuraria um grave conflito de interesses.

O banco alega ter identificado 23 transferências bancárias no valor total de R$ 4,86 milhões realizadas entre 2019 e 2024, supostamente ligando o ex-executivo às operações. A denúncia também cita Eliseu Martins, referência nacional em contabilidade, mas não detalha sua participação nas supostas irregularidades.

Em nota, o Itaú afirmou estar comprometido com a apuração dos fatos e que busca preservar os valores éticos que norteiam sua atuação. Broedel ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações.

Itaú Unibanco (ITUB4): CMO

Dias antes, em 3 de dezembro, o Itaú Unibanco anunciou o desligamento de Eduardo Tracanella, que ocupava o cargo de Chief Marketing Officer (CMO). A decisão foi motivada pelo uso irregular do cartão corporativo, segundo comunicado oficial do banco.

Tracanella, que era uma das figuras de maior visibilidade na comunicação do Itaú, foi demitido após a apuração interna apontar o uso indevido de recursos destinados às despesas da empresa. O Itaú não forneceu detalhes sobre os valores ou as circunstâncias do caso, mas reforçou que a medida reflete seu compromisso com a integridade em todos os níveis da organização.

Governança em foco 

Os dois episódios colocam em evidência os desafios enfrentados pelo Itaú em manter padrões elevados de governança corporativa e transparência. Ambos os casos levantam questões sobre os mecanismos de controle interno e a capacidade da instituição em prevenir conflitos de interesse e o uso indevido de recursos.

Os desdobramentos legais e institucionais dessas crises internas são acompanhados de perto pelo mercado, que aguarda respostas claras e ações corretivas por parte do banco. O Itaú Unibanco, que possui uma sólida reputação no setor financeiro, agora se vê diante da necessidade de reforçar suas práticas de compliance e demonstrar, na prática, a força de sua governança.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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