Jovens tem taxas de vestibular paga por padrinhos anônimos

Muitos jovens que tem o sonho de ingressar em uma universidade acabaram perdendo o prazo de solicitação de isenção do Enem, sem dinheiro para pagar, quase precisaram abdicar do sonho.

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Se não fosse um projeto que ajuda a custear a taxa de inscrição destes estudantes, seria mais um ano esperando por outra oportunidade, mas muitos deles puderam contar com o Movimento Amplia, que foi criado em 2020, em um momento difícil do país, onde muitos jovens desistiram de fazer as provas.

“Um grupo de amigos, a maioria envolvidos com educação, viu que estava acontecendo uma iniciativa de outros grupos e a gente resolveu que também precisava fazer alguma coisa […] Naquela época, em plena pandemia, vimos que mais de 300 mil estudantes não tinham pago a inscrição no Enem, a gente decidiu fazer alguma coisa. A gente queria transformar a indignação em ação”, contou a cofundadora do projeto, Luísa Guimarães.

A plataforma tem o objetivo e conectar quem precisa de ajuda, com quem pode ajudar, e além de financiar inscrições de vestibulares, ainda tem outros meios de incentivo a educação.

Para doar é fácil, é só se cadastrar na plataforma, e contribuir com dinheiro pontualmente ou mensalmente. 120 estudantes foram contemplados no primeiro ano de projeto, e no ano passado os números subiram absurdamente, chegando a 835. Em 2022, 1000 jovens serão contemplados com a ajuda de custo.

“A gente tem um foco na juventude preta, parda e indígena, que são grupos que são sub-representados nas universidades, mas a gente aceita todos os estudantes de baixa renda que procuram a gente e fazem as inscrições dentro do prazo”, disse Luísa.