JPMorgan anuncia corte na exposição a ativos em mercados emergentes com aproximação de eleições nos EUA

O líder mundial em serviços financeiros JPMorgan anunciou nesta sexta-feira, 02, que começou a reduzir a exposição a alguns ativos de mercados emergentes com a aproximação das eleições nos Estados Unidos. Além disso, o banco previu que o iuan chinês pode enfraquecer menos do que o esperado caso o atual presidente norte-americano, Donald Trump, seja reeleito para a Casa Branca.

A instituição disse que a notícia de que Trump testou positivo para o coronavírus poderia resultar em cautela pré-eleitoral do mercado.

Segundo o JPMorgan, que é a terceira maior empresa do mundo, a exposição à Ásia emergente será reduzida, e nos mercados locais, o banco irá entrar em “rendimentos baixos”, ao mesmo tempo em que realiza cortes de títulos de dívida de maior rendimento, como os papéis do governo da Indonésia.

O JPMorgan informou que começou a cortar as posições de câmbio dos mercados emergentes também e apresentou uma série de grandes oscilações para o iuan da China, dependendo do resultado das eleições nos Estados Unidos.

“O cenário de vitória de Trump é o que preocupa os investidores em mercados emergentes, dado o histórico do presidente de ações tarifárias unilaterais e posições superlotadas”, disse um grupo de estrategistas de mercados emergentes do JPMorgan em nota destinada a clientes.

“Nosso julgamento é que o iuan pode enfraquecer menos do que o temido em um cenário de vitória de Trump, e níveis ao norte de 7,0 podem ser difíceis de sustentar”, diz o texto.