Economia
Lava Jato investiga propina em contratos da Petrobras
Alguns dos alvos da apuração são contratos assinados em 2011 entre Sapura e Petrobras para fornecimento de três navios lançadores de linha.
A Lava Jato entrou em uma nova fase nesta quarta-feira ao cumprir 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Sergipe, disse o Ministério Público Federal (MPF), todos com o objetivo de aprofundar investigações sobre “possíveis atos de corrupção e lavagem de dinheiro” em acordos da Petrobras com fornecedores.
A investigação paira sobre contratos fechados em 2011 entre a petroleira estatal e uma joint venture local entre as multinacionais Seadrill e Sapura Energy, a Sapura.
De acordo com seu site, a Sapura, especializada em serviços submarinos, tem sede no centro da cidade do Rio de Janeiro e unidades em Caxias, Macaé e Vitória. Seus donos, eadrill e Sapura Energy, têm presença em mais de 20 países.
A Sapura teria contratado “intermediários e operadores financeiros” para participar de leilões da Petrobras e obter informações privilegiadas de dentro da estatal, pelas quais pagaria “1,5% do valor dos contratos a título de propina”, mostram indícios encontrados pelo MPF.
Segundo os procuradores, extratos bancários teriam mostrado transferência de valores para executivos da Sapura, sendo um da Sapura no Brasil e outro da Sapura Energy, na Malásia. Eles alegam que as apreensões também atendem pedidos de cooperação jurídica internacional.
Com base nos documentos, o órgão teria identificado “suspeitas de que a atuação ilícita dos investigados tenha abrangido também outros contratos da Petrobras, também em favor dos interesses do Grupo Seadrill”.
Alguns dos alvos da apuração são contratos assinados em 2011 entre Sapura e Petrobras para fornecimento de três navios lançadores de linha, ainda vigentes, no valor de 2,7 bilhões de dólares.
Foram identificadas contas dos investigados em pelo menos seis países diferentes, dizem os procuradores federais.
“O trabalho de investigação reforça a importância da cooperação jurídica internacional em uma via de mão dupla: os elementos obtidos no exterior foram importantes para a formulação dos pedidos e o Brasil, novamente, assume uma postura cooperativa cumprindo pedidos de auxílio direto por autoridades estrangeiras”, afirmou em nota o procurador Marcelo Ribeiro.
Petrobras, Sapura, Sapura Energy e Seadrill não comentaram o assunto até o momento.
A Petrobras vem reiterando que foi vítima das irregularidades encontradas.

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