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Letalidade duvidosa de “ômicron” e votação de precatórios pautam Ibovespa de quarta

Mercados mundiais avançam, enquanto potencial contaminante da variante ainda padece de parecer conclusivo

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Crédito: tiinside

A falta de um diagnóstico conclusivo sobre o poder de contaminação da variante ômicron (o pequeno e breve, no grego) e a declaração do presidente ianque, Joe Biden, de que não pretende apoiar lockdowns para combater a doença foram suficientes (pelo menos até agora) para turbinar ‘a volta por cima’ das bolsas mundiais, que operam em alta.

Aposta positiva – Uma das explicações para o fenômeno, segundo o nova-iorquino Wall Street Journal, seria a aposta de megainvestidores estadunidenses de que o impacto da variante deverá ser menor do que inicialmente previsto, o que abriu espaço para um forte movimento de recuperação de perdas da véspera (30.11), além da venda de posições em títulos norte-americanos, num mecanismo conhecido como “ativo de segurança em meio ao risco”.

Mais clareza – Segundo o icônico jornal de negócios, nesse momento, “os investidores buscam ter mais clareza sobre a provável transmissibilidade, a gravidade da variante e se as vacinas já desenvolvidas serão eficazes”.

Fed sinaliza – Ao mesmo tempo, o mercado não reagiu bem à sinalização do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, quando este admitiu “acelerar a redução das compras de títulos federais (tapering) na próxima reunião de política monetária (da instituição), assim como ‘agilizar’ a alta dos juros ”.

Riscos negativos – Na oportunidade, Powell argumentara que “o recente aumento de casos de Covid-19 e o surgimento da variante ômicron representam riscos negativos para o emprego e a atividade econômica e aumentam a incerteza sobre a inflação”.

Livro Bege – Na tarde dessa quarta (1º), o xerife do dólar presta depoimento, pela segunda vez, no comitê econômico do Senado dos EUA, enquanto o Fed divulga, às 16h, o Livro Bege, documento que contém um sumário das condições econômicas atuais, que servirá de base para novas discussões sobre política monetária, em evento previsto para os dias 14 e 15 de dezembro próximos.

Ano positivo – Depois de apurar perdas na última sessão (30.11) – Dow Jones (-650 pontos); Nasdaq (-1,6%); S&P (-1,9%), as ações locais começaram a esboçar reação, tendência que se mantém pela alta dos índices futuros dos EUA e das demais bolsas internacionais. Apesar dos recuos recentes, o desempenho anual continua francamente positivo (Dow Jones, +12,7%); (Nasdaq, +20,6%); (S&P, +21,6%).

Emprego ianque – Também nos EUA, a agenda prevê a apresentação de dados de emprego privado pela Automatic Data Processing (ADP), em paralelo à divulgação do índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial estadunidense, pelo Instituto para a Gestão de Oferta (ISM).

‘Dúvida positiva’ – Também refletindo o que parece ser uma ‘dúvida positiva’ que cerca o potencial contaminante da nova variante, as bolsas asiáticas tiveram desempenho favorável nessa quarta (1º), embaladas pela alta do índice Kospi (Coreia do Sul), em contraponto ao recuo em novembro último, para 49,9 pontos, do Índice do Gerente de Compras (PMI na sigla em inglês) Caixin/Markit de atividade fabril na China, ante os 50,6 pontos em outubro. Pela regra, um patamar superior a 50 pontos indica expansão e abaixo, retração.

Europa no azul – No cenário europeu, o índice Stoxx 600 – que mede o desempenho das 600 ações das empresas dos 17 principais setores econômicos do velho continente – também avançava 0,6%, favorecido pela performance das ações dos setores de viagem e lazer, mas negativa para os setores de bens domésticos.

Petróleo se recupera – Após a forte queda da véspera (30.11) – por conta do pânico endêmico em relação à variante viral – os preços do petróleo agora avançam 2,33% no mercado futuro da Bolsa Mercantil de Nova York, onde este está sendo negociado, para janeiro próximo, a US$ 67,72 por barril, no momento da escrita. Já a entrega para fevereiro, o petróleo Brent registrou altas de 2,47% (negociação a US$ 70,94 por barril).

EIA divulga – Daí a atenção redobrada em relação à divulgação, às 12h30, dos dados do setor pela Energy Information Administration (EIA), com destaque para estoques e importação de petróleo; produção e estoques de combustíveis e atividades das refinarias na semana.

Alta do minério – Já o minério (com pureza de 62%) de ferro registrava alta de 2% no porto chinês de Qingdao, em compasso com o processo de recomposição de estoques das siderúrgicas locais, o que tem repercussão nos mercados internacionais, pois a China é o maior fabricante mundial de aço. Somente este ano, a commodity acumula desvalorização de 34,9%.

Bitcoin recua – No mundo cripto, o Bitcoin (BTC) fechou novembro na marca superior aos US$ 57 mil, o que representa recuo de 17% ante à máxima anterior de US$ 69 mil.

PEC à prova – Na terra brasilis, as atenções do investidor, verde-amarelo ou não, se voltam para a votação da PEC dos Precatórios, prevista para as 16h dessa quarta (1º), depois do adiamento da véspera, como estratégia palaciana para garantir a aprovação da matéria.

Primeira da fila – Seu fiel escudeiro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiantou que colocará a proposta no primeiro lugar da fila de votações, que deve ocorrer somente após a sabatina do ex-ministro André Mendonça, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Por conta desse condicionante, Pacheco chegou a admitir transferir a votação da PEC para amanhã (2).

Novo crivo – Mesmo se aprovada pelo Plenário do Senado, a matéria ainda terá de ser, novamente, apreciada e votada em dois turnos pela Câmara dos Deputados. Seu objetivo social, com cunha eleitoreira, é de contemplar 17 milhões de famílias vulnerabilizadas pela crise com um benefício de R$ 400, coincidentemente ou não, no mesmo ano em que o presidente disputa a reeleição, 2022.

Sem fonte – A única coisa certa da medida é que esta continua, segundo o líder do governo e relator da matéria no Senado, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), sem fonte de financiamento definida, premissa exigida por lei, para sua aprovação regimental.

Garantindo a fatura – Independentemente do escore do Senado, na ‘surdina’, o Executivo começou a mexer a máquina para garantir recursos, posto que o presidente acaba de enviar ao Congresso, projeto de lei visando abertura de crédito especial no valor de R$ 2,8 bilhões, a título de custear o auxílio emergencial, cujo texto não foi divulgado pelo Planalto, mas contou com uma explicação seca e prosaica por parte da Secretária-geral de governo, segundo a qual este ‘crédito será financiado pelo cancelamento de dotações orçamentárias”.

Crédito a ‘rodo’ – Ao mesmo tempo, novo projeto de lei federal ao Legislativo prevê outros R$ 300 milhões de crédito especial para financiar o chamado ‘vale 2022 gás’. Em outra iniciativa, é pedido ao Congresso crédito suplementar de R$ 889,5 milhões em favor de ministérios e transferências a Estados e municípios, às seguintes pastas: Economia, Saúde, Educação, Agricultura, Ciência e Tecnologia, Justiça e Segurança Pública, Relações Exteriores, Comunicações, Infraestrutura, Defesa e Desenvolvimento Regional. E a gastança não para. Outro crédito especial solicitado, de R$ 105 milhões, viabilizaria programas das pastas da Saúde, Educação e Desenvolvimento Regional.

Três casos – No diário da pandemia, ontem (30), o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, confirmou a existência de dois casos da variante ômicron no país, os primeiros da América Latina, ambos vindos da África do Sul. Um terceiro caso estaria sob observação.

Restrição compulsiva – A despeito de não estar claro o grau de ‘letalidade’ da variante – que seria sujeita a inúmeras mutações – o governo bandeirante já se apressou em requisitar novo estudo que confirme a necessidade de uso obrigatório de máscaras ao ar livre. Apesar do afogadilho paulista, a Secretária de Saúde do estado admitiu que os pacientes apresentavam ‘sintomas leves’.

Vírus recua – De acordo com informações do consórcio de veículos de imprensa, houve nova queda (11%) da média móvel de mortes por covid-19 em sete dias no país. Na Europa, 11 países registraram, pelo menos, 44 casos da variante.

Principais indicadores

Estados Unidos (futuro)

Dow Jones, +0,92%

S&P 500 Futuro, +1,22%

Nasdaq Futuro, +1,42%

Ásia

Nikkei (Japão), +0,41% (fechado)

Shanghai SE (China), +0,36% (fechado)

Hang Seng Index (Hong Kong), +0,78% (fechado)

Kospi (Coreia do Sul), +2,14% (fechado)

Europa

FTSE 100 (Reino Unido), +1,37%

Dax (Alemanha), +1,58%

CAC 40 (França), +1,36%

FTSE MIB (Itália), +1,69%

Commodities

Petróleo WTI, +4,43%, a US$ 69,1 o barril

Petróleo Brent, estável, a US$ 70,57 o barril

Minério de ferro, + 1,63%, a 624 iuanes ou US$ 97,94 USD/CNY (Bolsa de Dalian, China)

Criptomoedas

Bitcoin, +0,52% a US$ 57.076,54.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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