Empresas
Mais uma empresa declara dívidas de mais de R$ 200 milhões e pede proteção!
Confira qual a varejista com dívidas que somam R$ 244,5 milhões, bem como qual foi a manobra utilizada para tentar garantir os pagamentos.
Atualmente, o Brasil está passando por uma espécie de “crise das varejistas”. Esse é um fenômeno complexo que envolve diversos fatores econômicos, financeiros e da própria gestão das empresas.
Entre os motivos para o cenário atual, talvez o principal seja a alta da taxa Selic, que chegou a 13,75% ao ano no mês de fevereiro, aumentando assim o “custo” do dinheiro, tanto para os consumidores quanto para as empresas.
Agora, mais uma rede de varejo solicitou um pedido de recuperação, mas neste caso ela será feita extrajudicialmente, de modo que a empresa fará o acordo diretamente com seus credores. Trata-se da Amaro, com dívidas somando R$ 244,5 milhões, conforme divulgado pela Agência Estado.
Desse valor total, são R$ 92,8 milhões em dívidas com os fornecedores, enquanto o valor de R$ 151,8 milhões é referente às dívidas com as instituições financeiras.
A empresa pede celeridade no atendimento do pedido, visto que está sofrendo processos na Justiça “que colocam em risco as atividades empresariais, em virtude da iminência de atos de constrição de patrimônio, falência e/ou despejo das lojas“.
O que é a recuperação extrajudicial?
Apesar do nome, a recuperação extrajudicial é um instrumento jurídico, que permite aos devedores em dificuldade financeira negociar diretamente com seus credores a reestruturação das dívidas, de modo que o Poder Judiciário não irá intervir.
O procedimento é regulado pela Lei 11.101/05, que determina os requisitos e condições para que seja realizada.
Como o caso da Amaro requer certa celeridade — tanto que a empresa solicitou a suspensão dos processos por 180 dias — a recuperação extrajudicial é vista como o instrumento mais célere para reorganizar as dívidas. Além disso, os benefícios de tal instrumento jurídico são:
- Rapidez;
- Redução de custos;
- Flexibilidade.
Isso porque, como mencionado, evita o processo judicial de recuperação, que pode acabar sendo mais oneroso para a empresa que já se encontra em dificuldades, além de mais demorado e burocrático para todos os envolvidos.
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