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Agronegócio

Mapas de estoque de carbono orgânico do solo são apresentados na COP26

De acordo com o presidente da Empresa, Celso Moretti, “O Brasil tem 36 bilhões de toneladas de carbono orgânico armazenados em seus solos, o que corresponde a 5% do estoque global”

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O presidente da Embrapa, Celso Moretti, participou de um painel sobre “Carbono Orgânico no Solo – Oportunidades e Desafios”, durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que acontece em Glasgow, na Escócia, até o dia 12 de novembro.

O evento contou com as presenças do Secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Camargo; do Secretário-Adjunto de Clima e Relações Internacionais do Ministério do Meio Ambiente, Marcelo Freire e do associado da Climate Connection, Eduardo Brito Bastos.

De acordo com Moretti, a pesquisa da Embrapa Solos é mais uma contribuição da ciência para a agricultura brasileira, já que o Brasil ocupa o primeiro lugar entre os 15 países que detêm potencial para estocar carbono em nível global. “Investir em estudos do solo é fundamental para a descarbonização da agricultura”, afirma.

Ainda segundo ele, o Brasil tem 36 bilhões de toneladas de carbono orgânico armazenados em seus solos, o que corresponde a 5% do estoque global. “Entender esse processo é parte da solução das mudanças climáticas”, destacou Moretti. O carbono orgânico no solo contribui para a estruturação física desse recurso natural, além de possuir maior fertilização e retenção de água. Além disso, os novos mapas também facilitam a identificação de áreas degradas.

De acordo com o presidente, esse recurso natural no País, se deu devido os investimentos em ciência dos solos, o que foi fundamental para a transformação de recurso natural no Brasil, visando para que o país seja líder em agricultura tropicana no mundo.

O projeto

Lançado em 2019, o PronaSolos tem como objetivo mapear os solos brasileiros nos moldes já feitos nos Estados Unidos desde 1980. De acordo com Fernando Camargo, o programa foi responsável pelo desenvolvimento dos mapas de carbono orgânico dos solos brasileiros. “Apesar de ser uma potência agroambiental, o Brasil não conhecia grande parte de seus solos. O PronaSolos é um empreendimento hercúleo e uma iniciativa de Estado, que envolve vários parceiros, para estudar meticulosamente os solos brasileiros pelos próximos 30 anos. O conhecimento dos solos é a base para a agricultura digital, a partir do uso correto de fertilizantes, entre outros parâmetros”, destacou.

Segundo o presidente Celso Moretti, o Brasil já é a maior potência agroambiental do mundo com conhecimento de apenas 5% dos seus solos. “Imagine quando conhecermos 50%”, afirmou.

Marcelo Freire, Secretário-Adjunto do Clima e Relações Internacionais do Ministério do Meio Ambiente, elogiou a iniciativa e ressaltou a importância desse conhecimento para a descarbonização da agricultura. “A ideia é que a preservação dos solos resulte em benefícios econômicos para os produtores. Trata-se, portanto, de um processo ganha-ganha, para o qual o Brasil tem uma enorme vocação natural”, disse.

Além disso, o Secretário Fernando Camargo afirmou que a recuperação de 30 milhões de pastagens degradas é uma das metas do programa ABC+. O presidente da Embrapa ainda ressaltou que há mais de 30 anos que o Brasil investe nessa área, principalmente a partir dos sistemas que integram lavoura, pecuária e floresta (ILPF), que hoje ocupam mais de 17 milhões de hectares.

A previsão é que haja um crescimento de mais de 10 milhões de hectares até 2025, e que passe de 30 milhões até 2030.

Jornalista desde 2015. Pós graduada em Comunicação e Marketing desde 2020. Contadora de histórias desde sempre.

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