Economia
Medo do Brasil virar uma Argentina? Brasileiro seria rico no país vizinho
Inflação muito alta e desvalorização da moeda fazem “hermanos” sofrer com a economia. Turistas aproveitam situação para ir às compras
A eleição do presidente Lula no Brasil após o segundo turno das eleições de 2022 consolidou uma tendência: a recuperação da força da esquerda na América do Sul. Durante a campanha presidencial, o presidente Bolsonaro sempre disse que isso significaria o risco de o Brasil virar uma Venezuela ou uma Argentina. E é possível que esta preocupação, justificada ou não, tenha norteado o voto de muitos brasileiros.
No caso da Venezuela, do ditador Nicolás Maduro, um país que sofre com extrema pobreza, autoritarismo político e repressão aos divergentes, não é difícil entender o temor. Mas e quanto à Argentina? Qual é a situação vivenciada pelos “hermanos” para que se tema que o mesmo ocorra ao Brasil? A nação atualmente é governada pelo presidente Alberto Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como vice, ambos peronistas. Juntos, eles foram responsáveis por derrotar, em 2019, o ex-presidente Mauricio Macri, de direita, que tentava a reeleição.
Inflação e desvalorização cambial são problemas crônicos
A grande verdade é que, embora a Argentina não viva convulsão política semelhante a que a Venezuela atravessa há anos, economicamente o país definha. Para o fechamento de 2022, por exemplo, a inflação prevista é de 70%. A moeda local também acumula constantes desvalorizações. Em julho, a perda acumulada chegou a 25% em relação ao dólar e de quase 18% em comparação com o real. Na prática, isso significa que a Argentina é um dos poucos destinos internacionais em que o poder do real cresce em lugar de diminuir.
Turistas do Brasil representaram 22% do total de 2,5 milhões de viajantes que estiveram na Argentina no primeiro semestre de 2022. Por lá, dependendo da cotação no dia, R$ 1 pode valer até 56 pesos argentinos. É graças a essa conversão que se torna possível andar de metrô em Buenos Aires por menos de R$ 1 ou pagar R$ 15 em uma garrafa de vinho que no Brasil chega a custar quase R$ 100.
As corridas de táxi também são relativamente baratas, começando a R$ 3,40 durante o dia. Em razão de as distâncias entre os pontos turísticos serem pequenas, é possível passear sem gastar muito. Para quem viaja, também não é difícil, dependendo das escolhas, gastar menos de R$ 100 por dia, incluindo aí a hospedagem e alimentação. No caso de vestuário e eletrônicos, porém, os preços não diferem tanto.
Um cuidado importante é tratar de levar dinheiro vivo e trocar os reais por pesos argentinos. Muitos desavisados acabam utilizando cartão de crédito nas transações dentro do país, desconhecendo que a cobrança se dá com a cotação do dólar formal. Dessa forma, os produtos e os serviços ficam até 50% mais caros.

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