Mesmo com avanço no Brasil, lojas Oxxo podem ser vendidas

Em dezembro de 2020, a cidade de Campinas, São Paulo, foi palco da inauguração da primeira loja Oxxo no Brasil.

Apenas quatro anos depois, a rede já contabiliza mais de 500 unidades distribuídas em 26 cidades do estado. No entanto, rumores recentes sugerem que tal expansão pode estar à venda, além de gerar expectativas sobre o futuro da operação no país.

O Grupo Nós, formado pela união de Raízen e Femsa, com participação da Coca-Cola, é responsável pela operação da rede no Brasil.

Essa joint venture, avaliada em R$ 1,12 bilhão, tem enfrentado especulações sobre a possível venda da participação da Raízen na empresa. Enquanto isso, a Raízen também estaria planejando vender ativos de sua divisão Power para aliviar dívidas.

Apesar do cenário econômico complicado, a Oxxo se firmou como uma loja de conveniência ao competir diretamente com redes locais e internacionais.

O foco é atender regiões de alta circulação, como estações de metrô e terminais de ônibus, ao oferecer produtos variados que vão de itens de padaria a refeições prontas.

Lojas Oxxo estão mais presentes no estado de São Paulo – Imagem: reprodução/Wikimedia Commons

Estratégia de expansão e desafios

A estratégia de crescimento acelerado adotada pela Oxxo no Brasil busca replicar o modelo bem-sucedido visto no México, onde a rede se consolidou ao longo de mais de quatro décadas.

No entanto, especialistas apontam que o sucesso mexicano se deve, em parte, à oferta de serviços financeiros, algo que ainda não ocorre no Brasil.

Inicialmente, a Oxxo planejava expandir para outros estados brasileiros, começando pelo Paraná, além de fortalecer sua presença em São Paulo.

A ideia também envolvia a instalação de lojas em shoppings e universidades. No entanto, esses planos ainda estão em desenvolvimento, enquanto a rede mantém agora o foco no interior paulista.

Cidades onde há Lojas Oxxo:

• Campinas

• Santos

• São Vicente

• São Paulo

Embora a Oxxo tenha rapidamente se expandido em São Paulo, dúvidas persistem sobre sua viabilidade no mercado brasileiro.

A falta de serviços financeiros, que impulsionou o sucesso no México, e uma concorrência acirrada são desafios significativos. O cenário de possíveis vendas de ativos pela Raízen também adiciona incerteza ao futuro da rede no Brasil.