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Economia

Mesmo com oposição republicana no Senado, Pelosi tem esperanças de projeto de alívio à Covid-19

Presidente da Câmara dos Deputados dos EUA se disse otimista de que um consenso virá em breve.

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Ainda há esperança de um acordo sobre mais um pacote de ajuda em resposta ao coronavírus, mesmo com a resistência dos republicanos do Senado norte-americano, disse nesta quarta-feira a presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.

Pelosi afirmou que está otimista de que um consenso virá em breve, mas que ainda não sabe se o projeto será aprovado antes da eleição de 3 de novembro.

A democrata disse que retomaria as conversas com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, ainda nesta quarta-feira às 15h30, pelo horário de Brasília.

Ela afirmou deseja que o projeto seja aprovado antes do pleito, mas sugeriu que o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, pode estar disposto a implementá-lo depois. Se esse fosse o caso, Pelosi iria incluir no projeto o auxílio retroativo.

“Estou otimista. Queremos isso antes, mas, novamente, quero que as pessoas saibam, a ajuda está a caminho”, disse Pelosi.

Perdendo para seu adversário democrata nas pesquisas nacionais de intenção de votos a apenas dias da data das eleições, o presidente Donald Trump tem continuamente pedido por medidas, mas uma proposta de estímulo abrangente não é bem vista por republicanos do Senado.

Pelosi e Mnuchin estão negociando detalhes de estímulos que podem chegar a 2,2 trilhões de dólares, valor que os democratas têm defendendo a meses.

Mas os conservadores no Senado, de maioria republicana, nas concordam com mais de 1 trilhão de dólares. Segundo um assessor republicano, McConnell não quer apresentar ao Senado um grande projeto de alívio ao coronavírus antes das eleições, enquanto tenta confirmar a nomeação da indicada de Trump para a Suprema Corte, Amy Coney Barrett.

Desde abriu, quando aprovou mais de 3 trilhões de dólares em alívio, o Congresso não aprovou nova medida para enfrentar a uma doença que infectou 8,3 milhões norte-americanos e matou mais de 221 mil.

A Casa Branca reitera que um acordo bipartidário receberia o número de votos necessário para a aprovação no Senado, de maioria republicana na proporção de 53 a 47.

“Acredito que haveria votos suficientes lá para garantir que isso cruze a linha de chegada e chegue à mesa do presidente. Mais uma vez, o foco nos republicanos do Senado agora, se os votos estariam lá ou não, está errado”, disse Mark Meadows, chefe de gabinete da Casa Branca.

Mesmo assim, não há indícios de que os parlamentares aceitariam uma oferta por volta de 2 trilhões de dólares.

Preocupados com o impacto que uma grande medida desse porte sobre um o déficit federal, os republicanos do Senado propuseram uma ajuda mais contida e voltada para ajudar uma economia que ainda se recupera da pandemia.

A maioria republicana no Senado também se vê ameaçada por pesquisas de opinião que mostram eleitores culpando Trump por sua forma de lidar com a crise, o que fez com que alguns membros apostassem nas tradicionais preocupações republicanas sobre a disciplina fiscal.

Nesta quarta-feira, o Senado votará um plano republicano de ajuda de 500 bilhões de dólares que os democratas já negaram, e a perspectiva é de uma nova rejeição.

Nesse meio tempo, Pelosi e Mnuchin discutem detalhes como a renovação dos pagamentos diretos às famílias e o aumento do seguro-desemprego.

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