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Saúde

Moluscos: Os Inesperados Aliados na Busca por Uma Vida Mais Longa

Segundo um estudo da Universidade de Bolonha, a busca pela ‘Fonte da Juventude’ pode ser encontrada nos moluscos, entenda o caso

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Ao longo dos séculos, a humanidade foi cativada pela busca incessante pela “fonte da juventude”. Recentemente, cientistas da renomada Universidade de Bolonha decidiram mergulhar em um reino intrigante: o dos moluscos bivalves, como amêijoas, mexilhões, ostras e vieiras.

O objetivo é desvendar os mistérios por trás da longevidade. Publicado na revista Genome Biology and Evolution, o estudo revelou uma rede única de genes em bivalves de vida longa, proporcionando insights valiosos sobre os mecanismos genéticos subjacentes ao envelhecimento e à prolongação da expectativa de vida.

Fonte: Alexey Masliy/Shutterstock

A fascinante variedade de vidas dos bivalves

Os moluscos bivalves, caracterizados por suas conchas em duas partes, desafiam as expectativas ao exibirem uma notável diversidade em suas expectativas de vida. Essa gama surpreendente varia de um único ano a incríveis 500 anos.

Essa diversidade torna os bivalves uma classe excepcional para explorar os mistérios da longevidade, desafiando a visão convencional de que apenas animais de grande porte podem desfrutar de séculos de existência.

Explorando o genoma dos bivalves

Ao direcionar seus esforços para quatro espécies notáveis de bivalves, com destaque para a Arctica islandica e seus incríveis 507 anos de vida, a equipe de pesquisa da Universidade de Bolonha realizou uma análise detalhada de seus genomas.

Essa investigação permitiu a identificação de uma rede intricada de genes associados à longevidade, muitos dos quais já são conhecidos por seu papel crucial em outros animais.

Os estudos revelaram uma complexa rede de genes que evoluem de maneira única nos bivalves de vida longa, comparados aos de vida mais curta. Padrões convergentes de evolução foram observados em genes relacionados à resposta a danos no DNA, à regulação da morte celular e às vias apoptóticas.

Essa convergência sugere uma fascinante estrutura molecular compartilhada, indicando que a longevidade prolongada é uma característica intrínseca de diversas linhagens animais.

Proteínas inexploradas e promissoras na longevidade

Além dos genes já conhecidos, a pesquisa destacou a presença de proteínas cujos papéis na longevidade ainda aguardam confirmação.

Notavelmente, genes relacionados à proteostase, que indicam a gestão eficiente de proteínas danificadas, emergiram como protagonistas.

Essas descobertas não apenas expandem nosso entendimento sobre os impulsionadores da longevidade em bivalves, mas também abrem portas para investigações adicionais sobre o aumento da expectativa de vida em diversas espécies.

Perspectivas futuras e importância da exploração

Embora o entendimento completo dos mecanismos que prolongam a vida útil permaneça desafiador, os bivalves oferecem uma perspectiva única sobre o envelhecimento.

A ciência, historicamente centrada em humanos e modelos animais convencionais, agora volta-se para organismos não-modelo de longa vida.

Os pesquisadores da Universidade de Bolonha estão entusiasmados com as possibilidades futuras, destacando a importância de explorar o mundo natural ao nosso redor para compreender melhor a biologia humana e desvendar os segredos da longevidade.

Jornalista, apaixonada por escrita desde pequena me encontrei no universo da comunicação digital. Já escrevi sobre diversos assuntos e minha missão é levar informação e conhecimento de forma simples e objetiva para o leitor, seja ele quem for!

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