Política
Monitoramento financeiro no Brasil: o que mudou com a revogação?
Monitoramento de transações via Pix e cartões gerou reviravolta.
O debate sobre o monitoramento de transações financeiras relacionadas ao Pix e cartões de crédito ganhou destaque no Brasil em 2025. O governo havia sugerido uma mudança no controle de tais operações, proposta que foi rapidamente revogada. Essa alteração surpreendeu o cenário econômico e fomentou discussões acaloradas.
Apesar do recuo governamental, é crucial entender o funcionamento do sistema de monitoramento financeiro no Brasil. As regras atuais ainda impactam diretamente o uso do Pix e cartões, uma vez que estabelecem quem deve reportar as transações.
A proposta anterior visava incorporar fintechs no processo de reporte, além de bancos já presentes no processo, o que gerou preocupações entre consumidores e setores financeiros.
Monitoramento de transações é uma norma que existe desde 2001, inclusive para o Pix – Imagem: reprodução/Pixabay
Como são as regras atuais de monitoramento?
A legislação brasileira busca assegurar a transparência das transações, ao combater a evasão fiscal e prevenir crimes financeiros. Desde a Lei Complementar 105 de 2001, várias operações devem ser reportadas, inclusive aquelas feitas com cartões e Pix.
Assim, as transações que excedem determinados valores são obrigadas a ser comunicadas à Receita Federal, quando:
-
Para pessoas físicas: forem acima de R$ 2 mil;
-
Para pessoas jurídicas: forem acima de R$ 6 mil.
Tais valores podem mudar conforme novas regulamentações fiscais. O objetivo é aumentar a transparência e o controle sobre o fluxo financeiro.
A regra anterior, e atualmente revogada pelo governo federal, apontava os valores de:
-
Para pessoas físicas: acima de R$ 5 mil;
-
Para pessoas jurídicas: acima de R$ 15 mil.
O que significa que, apesar de as fintechs não estarem mais incluídas nesse reporte de transações, o monitoramento feito por bancos tradicionais é ainda mais rigoroso que a atualização de 2025 anulada pelo governo, independentemente da forma usada pelo cliente para fazer a operação.
Monitoramento do Pix: como funciona?
O Pix, criado pelo Banco Central em 2020, foi projetado para simplificar e reduzir custos das transações financeiras. Desde o seu início, as operações via Pix que ultrapassam limites estipulados são monitoradas pela Receita Federal.
O sistema exige reporte de transações que superem os limites para indivíduos e empresas, mas não requer detalhes específicos sobre os pagamentos, o que resguarda a privacidade dos usuários.
Impacto da proposta e sua revogação
Em 2025, o governo propôs uma atualização para o controle sobre transações financeiras, ao incluir as fintechs. No entanto, após debates, a proposta foi retirada, a fim de evitar impactos severos no setor financeiro e preservar a liberdade econômica dos consumidores.
Para usuários de Pix e cartões, a revogação não alterou significativamente o cenário. As transações continuam nos mesmos parâmetros e ainda são reportadas quando superam os valores mencionados acima.
O monitoramento financeiro no Brasil continua fundamentado na Lei Complementar 105 e a proteção do sigilo bancário permanece, com informações pessoais resguardadas por lei. Logo, é essencial que os consumidores permaneçam cientes dos limites para evitarem surpresas fiscais.

-
Cotidiano1 dia atrás
Como pintar a casa sem sujeira: técnica do papelão ganha adeptos nas redes sociais
-
Economia1 dia atrás
Pix passa por transformação: 8 milhões de chaves serão desativadas
-
Bancos2 dias atrás
‘Golpe da mão fantasma’: conheça essa nova ameaça digital e saiba como se proteger
-
Política17 horas atrás
Parlamento de Portugal cria nova força policial para controle de imigração
-
Economia2 dias atrás
Saiba em quais estados estão os m² mais caros do Brasil [ranking]
-
Agronegócio5 horas atrás
Qual o salário de um piloto de drone agrícola? Conheça a carreira que está bombando
-
Curiosidades2 dias atrás
Preço do Big Mac nos Estados Unidos choca consumidores
-
Finanças20 horas atrás
Brasileiros deixam R$ 50 bilhões sem saque no FGTS; como saber quem tem direito?