Novidade na B3: Primeiro fundo de imóvel escolar com alvos de R$ 800 mi

A gestora de São Paulo, Mint Capital, lançou uma nova forma de investimentos paralela, em imóveis e educação, preferências da casa. Inclusive, o protótipo pode ser uma via para as companhias enfrentarem a crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

Sob posse de R$ 200 milhões em ativos, com monitoramento da Bahema Educação entre os seus investimentos, a Mint deseja consolidação no mercado de prédios escolares dentro de um fundo de investimento imobiliário (FII).

Formulada em março, a novidade possui especulação de planos ambiciosos. Segundo projeções, as cotas da carteira devem começar a negociação na B3 em novembro, com o código MINT11. A iniciativa será o primeiro portfólio com esse foco para investidores.

O segmento imobiliário é a terceira frente dos negócios inaugurada pela Mint. Porém, o seu intuito não é especulação imobiliária, mas renda em acordos de longa duração, já que as escolas significam um mercado cativo e seguro. O fundo faz a aquisição da escola e realiza com os novos donos contratos de locação a longo prazo, que podem ser de uma a duas décadas, com possibilidade de renovações. Os principais alvos serão as instituições de educação consolidadas, abrangendo do ensino infantil ao universitário.

Recém-criada, a carteira possui R$ 78 milhões em ativos, com projetos de multiplicação – cerca de R$ 400 milhões e R$ 500 milhões em ativos dentro de 12 a 24 meses. Em março, o primeiro imóvel foi adquirido, o principal prédio da UNA, instituição de ensino superior em Minas Gerais, do Grupo nima. Agora, em um contrato que acaba de ser assinado, o segundo é um prédio da Escola Parque, da Bahema, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Em síntese, na área da educação, o discurso é de R$ 800 milhões de negócios potenciais em estudo pela Mint. Entre deles, R$ 180 milhões em estágio avançado, representando um avanço para a gestora.