Entenda como funciona o Novo Ensino Médio nas escolas brasileiras

Em 2017, houve uma alteração na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBI), por meio da Lei 13.415 e, no ano passado, o novo modelo de Ensino de Médio começou a ser implantado nas escolas brasileiras. Por ser um projeto recente, as mudanças ainda causam dúvidas entre pais e alunos.

A principal mudança está na carga horária de aulas, que antes era de 800 horas por ano, e agora é 1.000 horas por ano. Com esse acréscimo de 200 horas, o aluno fica mais tempo dentro da escola se capacitando e aprimorando seus conhecimentos.

Além disso, a grade curricular dos alunos do Ensino Médio também sofreu mudanças importantes. Se antes as disciplinas tradicionais eram obrigatórias, hoje elas são mais flexíveis e se adaptam conforme a área de conhecimento de preferência do estudante. Ou seja, o aluno pode montar sua grande de estudos entre disciplinas obrigatórias e não obrigatórias.

As disciplinas obrigatórias para todos os estudantes do Ensino Médio são Matemática e Língua Portuguesa. A Língua Inglesa, antes obrigatória, agora é opcional, e cabe às instituições ofertarem outras disciplinas de línguas estrangeiras.

Em 2022, o Novo Ensino Médio foi instaurado para os estudantes no 1º ano. Neste ano, serão incluídos no novo modelo os estudantes do 2º ano. Por fim, em 2024, ingressam os alunos do 3º ano, remodelando, então, todos os níveis do Ensino Médio.

Como ficam as formações técnicas e profissionalizantes no Novo Ensino Médio?

No novo modelo de ensino, a formação técnica e profissional passa a ser não obrigatória, ficando a critério do aluno. No atual plano, o estudante tem outra opção de formação, a qual é adaptada dentro da carga horária de aulas da escola. Dessa forma, o aluno pode escolher cursos técnicos ou profissionalizantes para sua formação.

Agora, aqueles que escolherem cursos de capacitação terão ao fim dos estudos não só o diploma de Ensino Médio, mas também o diploma referente ao curso escolhido para sua capacitação técnica. Essa escolha permite mais conhecimento e qualificação para ingressar no mercado de trabalho.

O estado do Ceará se tornou uma referência nacional na implantação no ensino profissionalizante. Em 2008, foram inseridas as Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEP), com ensino em tempo integral das 07h às 17h, com aulas alternadas entre disciplinas tradicionais e das áreas de cursos profissionalizantes, como Técnico em Desenvolvimento de Sistemas e Técnico em Computação Gráfica. Ao todo, são mais de 50 cursos profissionalizantes ofertados nas escolas do Ceará.