Política
Estudantes serão pagos para estudar no governo Lula?
Lula e sua equipe analisam a ideia de Simone Tebet sobre a criação de um programa social que pode beneficiar estudantes em todo país. Entenda.
Em sua campanha eleitoral, a ex-candidata Simone Nassar Tebet (MDB) falou sobre sua intenção de criar um programa de bolsas estudantis para alunos do Ensino Médio em situação de pobreza.
Mesmo diante da derrota no primeiro turno, Simone foi a candidata que obteve o melhor desempenho nas eleições presidenciais do Brasil de 2022.
No segundo turno, a ex-candidata declarou seu apoio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com isso, o futuro presidente prometeu que iria analisar algumas propostas de sua campanha.
A equipe de transição do presidente eleito analisa a proposta de criação do programa do governo federal que pretende beneficiar financeiramente jovens estudantes. No entanto, não se trata apenas de uma bolsa estudantil, mas também de uma bonificação pelo jovem se manter na escola e chegar ao fim do Ensino Médio.
Em Alagoas, um programa chamado Cartão Escola 10 foi implementado. Atualmente, mais de cem mil estudantes que possuem a matrícula regular no Ensino Médio ou no EJA (Educação de Jovens e Adultos) e que têm frequência escolar a partir de 90% recebem o valor de R$ 100 por mês.
É o maior programa de incentivo ao estudo do país, e sua intenção é manter os jovens dentro do ambiente escolar. Com suas três modalidades, permanência, conclusão e imunização, o Cartão Escola 10 tornou-se o mais inovador de todo Brasil.
Os dados apontam que do ano passado para este ano as escolas estaduais de Alagoas cresceram mais de 30%. Mais de 40 mil alunos em situação de vulnerabilidade social voltaram a estudar.
Além do pagamento mensal de R$ 100, esses alunos que decidiram voltar a estudar ganharam R$ 500. O estado de Alagoas paga ainda o valor de R$ 2 mil aos estudantes que concluírem o ensino no ano letivo.
O Cartão Escola 10 é o principal programa em análise pela equipe de transição do petista. No entanto, o programa Todo Jovem na Escola do Rio Grande do Sul e o programa Bolsa do Povo Educação também estão sendo analisadas. Ambos também beneficiam estudantes.
Segundo os cálculos da equipe de Lula, o programa pode ter um custo de até R$ 6,6 milhões. Com esse custo alto, uma solução pensada pela equipe é dividir o valor com os estados.
Há uma tentativa também de aumentar o valor dentro do orçamento do Ministério da Educação (MEC) e fazer o uso de recursos de alguns fundos, tais como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
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