Agronegócio
Novo estudo: propriedades das folhas de café surpreendem na terapia de Parkinson
O café vai muito além da xícara e possui substâncias com potencial medicinal, abrindo portas para tratamentos mais acessíveis e naturais.
O café, mais do que uma bebida que nos proporciona sabor e energia diária, é um símbolo da nossa cultura e paixão nacional. No entanto, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) está prestes a transformar a maneira como vemos o café, revelando um potencial surpreendente das folhas que poderá auxiliar no tratamento do mal de Parkinson, uma das doenças neurodegenerativas mais desafiadoras que afetam o sistema nervoso.
O estudo concentrou-se na análise dos “caminhos” metabólicos das folhas de duas espécies de café: Coffea arabica e Coffea canephora. Durante a pesquisa, foram identificadas enzimas importantes, como a Polifenoloxidase (PPO) e a DOPA descarboxilase (DDC), responsáveis pela produção de L-DOPA, também conhecido como Levodopa, que é utilizado no tratamento da doença.
Para desvendar esses segredos, os pesquisadores utilizaram técnicas de sequenciamento genético, revelando componentes até então desconhecidos, incluindo o L-DOPA.
Os benefícios práticos dessa descoberta ainda estão por vir
O Dr. Thales Henrique Cherubino Ribeiro, principal pesquisador do estudo, ressalta que estamos longe de transformar as folhas de café em um tratamento prático para o mal de Parkinson, mas a descoberta é um importante primeiro passo.
Esse tipo de pesquisa, conhecido como pesquisa básica, busca desvendar descobertas científicas fundamentais. O próximo passo é encontrar uma maneira economicamente viável de extrair esse composto, o que será realizado por empresas focadas no desenvolvimento de produtos para a população.
Uma das abordagens para estimar as aplicações medicinais das folhas de café é observar as populações tradicionais em regiões onde o café cresce naturalmente. Em lugares como a Etiópia e o Iêmen, as folhas são usadas para tratar diversos problemas, como náuseas e tosse.
É importante, no entanto, que elas sejam cultivadas de forma segura, sem o uso de agrotóxicos, para garantir que o chá de folhas de café seja uma fonte inestimável de nutrientes.
“O desafio principal agora é identificar as melhores estratégias para a extração desses compostos. Essa jornada promissora pode eventualmente levar a benefícios significativos para os apreciadores de café, na forma de novos produtos derivados dessa planta incrivelmente versátil. […] Avaliar e testar diferentes abordagens de manejo em diversas condições será essencial para o desenvolvimento dos potenciais usos das folhas de café na medicina”, considera Thales.

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