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Economia

Novo reajuste de salário mínimo para R$ 1.102 pode ficar para 2022

Governo economizará R$ 702 milhões, caso não haja correção residual de piso salarial. INPC oficial de 2020 ficou em 5,45%.

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Salário Mínimo

Na última quinta-feira, 28, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, disse que o governo federal deve adiar para 2022 a atualização residual do salário mínimo para compensação da inflação. Assim, não haverá mudanças na Medida Provisória (MP) para reajustar o teto salarial de R$ 1,1 mil para R$ 1.102 neste mês.

Entretanto, a pauta segue em discussão e nada foi determinado ainda. Mas, em entrevista à imprensa, o secretário mencionou a projeção de correção somente no ano que vem. “Historicamente, diferenças pequenas [a serem corrigidas] acabam sendo compensadas no reajuste do ano seguinte”, afirmou Funchal.

De acordo com a Constituição Federal, o piso nacional deve assegurar a manutenção do poder de compra do cidadão. Por isso, o governo corrige o valor pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

No ano passado, houve uma discrepância no cálculo. Tendo sido feito em cima de projeções, a atualização de R$ 1.045 para R$ 1,1 mil (5,26%) avaliou apenas a inflação oficial de janeiro a novembro de 2020, atrelada à estimativa de dezembro.

Com a divulgação oficial do INPC de 2020, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice ficou em 5,45%. Dessa forma, o reajuste divulgado pelo governo não repõe a inflação do período.

Tendo em vista que as aposentadorias e demais benefícios são calculados em cima do salário mínimo, a não oferta do reajuste residual resulta em economia para o governo. Serão poupados R$ 702 milhões dos cofres da União em 2021.

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