Novo recorde é atingido pela alta do leite

O preço do leite coletado em junho e pago aos produtores em julho bateu novo recorde, atingindo 2,31 reais, segundo os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq / USP). Na comparação com o mês anterior, a alta foi de 5%, e na comparação com o mesmo período do ano passado a alta chega a 21,8%.

O Cepea afirma que os aumentos de preços não refletem o aumento da rentabilidade dos produtores, mas sim pressões de custos. De acordo com analistas, basta comparar o poder de compra dos produtores de leite com o do milho. Para comprar uma saca de milho de 60 kg, entre janeiro e junho de 2020, são necessários 44,67 litros de leite. Em 2020, 35,20 litros eram necessários.

De acordo com os analistas do Cepea, devido o preço estar tão alto e o poder aquisitivo dos brasileiros ser baixo, é provável que o preço do leite não suba para os consumidores, apesar dos altos custos de produção e do clima desfavorável. Isso é bom para o consumidor, mas ruim para os pequenos produtores, pois apesar do custo estar mais elevado, acabam obtendo menos leite por litro.