Novo título do Tesouro pode beneficiar pais que desejam custear universidade dos filhos

Na última segunda-feira, o Tesouro Nacional anunciou a criação do RendA+, que é o título de investimento que visa rendimentos de aposentadoria. Além disso, ele falou sobre o planejamento de um título de renda fixa, para custeio de universidades.

Este é um novo recurso para os pais que planejam custear as despesas dos filhos durante o período de Ensino Superior e é mais uma modalidade da estratégia de aumentar o interesse por investimentos.

De acordo com Rogério Ceron, secretário do Tesouro, essa modalidade ainda está em estudo, mas se assemelha à modalidade recém-lançada, voltada para a aposentadoria.

O valor de investimento também é bem acessível, abrangendo um público maior e mais diverso, já que começa em torno de R$ 30. Já a conversão pode ser feita em 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065, por enquanto.

Os valores investidos serão atrelados à inflação, que fará a manutenção do poder de compra com o passar dos anos. Além disso, após quatro ou cinco anos é possível fazer o resgate de acordo com o investimento.

Outro compromisso que o Tesouro assume com a criação dessa modalidade é vinculado às questões ambientais, como disse Ceron: “Caso ela venha ocorrer este ano, tem um papel importante de sinalizar que o compromisso ambiental brasileiro está se tornando concreto”.

Para investir em um destes títulos, é preciso que o projeto esteja agregado a agricultura sustentável, transição energética ou a projetos verdes. Títulos com selo ESG (ambiente, social e governança) também foram anunciados em 2021, porém, não se tem uma previsão para que eles sejam criados.

Em 2021, também foram emitidos US$ 2,3 bilhões em títulos públicos externos, pelo governo brasileiro. Entretanto, no ano passado não foi feita nenhuma emissão.

O Renda+ tem sido um investimento muito inclusivo, que traz ao mundo do investimento uma população que antes não tinha oportunidade de investir, devido ao valor alto dos títulos.