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Economia

O açúcar segura perda das usinas com o etanol. E 1º de julho vem aí

Caso o governo não mude de ideia, os combustíveis voltarão a pagar impostos federais, e o etanol recuperará competividade.

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Preço do Etanol

O açúcar está remunerando bem as usinas do Centro-Sul, que estão sem nenhuma pressa para ofertar mais etanol hidratado.

Isso deverá mudar e reverter o quadro de baixa do renovável nas cotações das indústrias, como ocorreu no acumulado de 5 a 9, de menos 1,56% (R$ 2,5309 o litro), de acordo com o Cepea. Nos postos. Igualmente na semana passada, também houve redução, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo Gás e Biocombustíveis (ANP).

Em 1º de julho, voltam os impostos federais (PIC/Cofins) incidentes sobre os combustíveis e o etanol deverá ganhar competividade.

As usinas vão voltar às vendas em maiores volumes e certamente haverá enrijecimento dos preços, senão altas.

“Depois de cair até R$ 0,40 quando o governo renovou a isenção das taxas, estamos esperando um acréscimo de no mínimo R$ 0,30 por litro da gasolina a partir de julho”, estima o trader Martinho Ono, CEO da SCA Trading.

E, depois das baixas, que os postos acabaram repassando – embora a demanda ainda esteja lenta, de acordo com outro trader, Paulo Strini, do Grupo Triex -, o nível de paridade de preços já dá mostras de começar a descer próximo dos 70% entre o hidratado e a gasolina.

Claro, tudo pode mudar caso o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resolva atender os apelos da ala do governo que está gostando de ver a inflação acomodada, sem carregar custo do derivado do petróleo.

Como, mais uma vez frisando, o quadro é favorável para as usinas “maximizando” o açúcar, repete Ono, já escalando os 25 centavos de dólar por libra-peso na bolsa de commodities de Nova York, o setor tende a aguardar o andar da carruagem até que o governo e a Petrobras deem alguma sinalização nos próximos 18 dias.

Além do mais, a safra voltou a andar bem, com o tempo seco, sem pressão das chuvas, o que também não implica em demanda mais agressiva por parte das distribuidoras.

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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