O que levou o Google a bloquear o conversor de câmbio no Brasil?

Desde o final do ano passado, usuários que buscavam cotações de moedas estrangeiras pelo Google perceberam que a funcionalidade de conversão automática foi desativada. A decisão foi tomada após a plataforma exibir valores incorretos, gerando preocupações.

Durante as festas de fim de ano, discrepâncias nos valores exibidos pela plataforma causaram debates e aumentaram a desinformação econômica.

O problema veio à tona quando, em dezembro do ano passado, o valor do dólar no Google ultrapassou R$ 6,35, enquanto o valor real estava em torno de R$ 6,18. Isso ocorreu em um período crítico para a moeda brasileira, que enfrentou forte desvalorização no final do ano.

Em novembro, um incidente semelhante já havia sido registrado, afetando a confiança dos usuários brasileiros na plataforma. As falhas na coleta de dados motivaram a suspensão do serviço.

Suspensão da ferramenta de conversão de câmbio

A Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestou após as falhas, solicitando ao Banco Central explicações sobre o ocorrido. Também foi enviado um ofício a Fábio Coelho, presidente do Google no Brasil, requisitando medidas para evitar nova desinformação.

Em 26 de dezembro, o Google optou por retirar temporariamente do ar as informações de câmbio. Segundo a empresa de tecnologia, o sistema de coleta de dados financeiros está sendo reavaliado com o objetivo de corrigir as falhas detectadas.

Reação da Morningstar

A Morningstar, responsável pelo fornecimento dos dados financeiros à plataforma, reconheceu os erros e pediu desculpas ao público. A empresa se comprometeu a trabalhar junto com o Google para resolver as falhas na exibição dos valores.

Próximos passos do Google

O Google, em parceria com seus fornecedores, está empenhado em corrigir os erros. A empresa pretende restabelecer a ferramenta de câmbio em breve, mas ainda não há data definida para a retomada do serviço.

Enquanto isso, os usuários aguardam o retorno da funcionalidade com informações acuradas. A recomendação é que busquem fontes precisas e confiáveis de informação, sobretudo em tempos de fortes flutuações cambiais.