Moedas
O que mudou em El Salvador com Bitcoin na carteira?
Medida do governo segue em curso com criação de lei nacional para incentivar o uso da criptomoeda. Alguns desafios persistem.
Há dois anos, El Salvador foi pioneiro ao se tornar o primeiro país do mundo a adotar o Bitcoin como moeda oficial. O presidente Nayib Bukele prometeu uma verdadeira revolução na economia do país. Depois de todo esse tempo, já é possível fazer um balanço da situação. Será que realmente ocorreu uma revolução?
Para regulamentar a moeda, foi criada uma lei nacional que determina que os impostos podem ser pagos com Bitcoin, e as empresas do país devem aceitar a criptomoeda como forma de pagamento, a menos que sejam incapazes, tecnologicamente falando.
O que se pode afirmar atualmente é que, até o momento, o Bitcoin não conseguiu substituir a moeda mais forte em El Salvador, que continua sendo o dólar dos Estados Unidos. Além disso, a adesão à nova moeda não obteve grandes avanços, visto que grande parte da população local não possui conhecimento técnico suficiente para aderir ao Bitcoin.
Projetos de turismo
Dois dos projetos anunciados pelo presidente, Cidade Bitcoin e Praia Bitcoin, que visam à atração de turistas que usam criptomoedas, seguem em andamento.
A quantidade de adeptos da tecnologia que visitam El Salvador é considerável. Tanto é que os turistas formam o grupo de pessoas que mais utiliza o Bitcoin no país, ficando atrás apenas do governo local.
Isso demonstra, por outro lado, que a disseminação entre a população segue baixa. O uso registrado atualmente no país está concentrado apenas em locais de visitação turística.
Investimento pesado
O cenário não mudou em nada, mesmo com o incentivo dado pelo governo no início da implantação. Cada morador de El Salvador recebeu uma carteira digital contendo US$ 30 em Bitcoin.
O investimento foi significativo. Atualmente, o presidente salvadorenho é considerado uma personalidade no mundo das criptomoedas. O governo continua a investir em reservas de Bitcoin e aposta também em um projeto de mineração da moeda utilizando energia geotérmica proveniente de vulcões.
A estimativa é de que o governo do país gastou em torno de US$ 375 milhões somente no lançamento da Lei Bitcoin, incluindo um fundo de US$ 150 milhões para incentivar as conversões entre a criptomoeda e o dólar.
Informações nas escolas
Algumas das medidas recentes para tentar melhorar o quadro são: a criação de um Escritório Nacional de Bitcoin e a inclusão de uma matéria sobre a moeda no currículo escolar de todas as escolas públicas até 2024.
Essa disciplina será criada por meio de uma parceria com a organização sem fins lucrativos Mi Primer Bitcoin. O objetivo é preparar a população para que saiba lidar com as criptomoedas e carteiras digitais desde cedo. Se o quadro será diferente depois disso, só o futuro dirá.

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