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Orkut se foi, mas o Facebook resiste: como isso é possível?

Rede social de Mark Zuckerberg segue influente no mercado e em constante inovação. Ao contrário da “torcida”, a plataforma continua forte e resistente.

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Os maiores sinais de sucesso de uma rede social é a aceitação do público e o aumento do número de usuários. Em um cenário marcado pela competitividade, muitas, no entanto, não conseguem se manter relevantes por longo tempo.

O saudoso Orkut é um dos casos mais marcantes nesse sentido, pois viveu a ascensão, chegando ao topo do mercado, e depois o ostracismo. Foram quase 10 anos de liderança.

O surgimento e avanço do Facebook foi um dos fatores decisivos para esse declínio. E apesar de tanto tempo, a rede social de Mark Zuckerberg continua sendo uma das mais influentes e usadas no mundo todo.

A pergunta que fica no ar é: o que está por trás dessa resistência do Facebook e que evita que ele tenha o mesmo destino das plataformas anteriores?

Fim do Orkut

O declínio do Orkut, conforme a versão oficial, foi causado por uma mudança na estratégia da empresa. Outras plataformas, como YouTube, Blogger e Google+, passaram a dominar a atenção da companhia.

Por outro lado, o fim ocorrido em 2014 foi motivado por uma série de fatores, como falta de inovação e atualização da rede social. O Orkut se manteve, praticamente, o mesmo desde o início.

Criado pelo engenheiro turco Orkut Büyükkökten, a plataforma foi lançada em 2004 e chegou a ter 300 milhões de usuários no mundo. Para muitos, ela foi a primeira concepção de rede social e navegação na internet.

As brechas ocasionadas pela falta de inovação, porém, acabaram influenciando diretamente na insatisfação dos usuários. E o Facebook soube aproveitar bem esse momento.

O começo e a ascensão do Facebook

A plataforma criada por Zuckerberg cresceu rapidamente em 2008 e, já no ano seguinte, tornou-se a rede social com mais usuários no mundo: mais de 130 milhões de contas ativas.

Vale lembrar que o Facebook havia sido lançado no mesmo ano que o Orkut, ou seja, 2004. No início, porém, ele servia mais como uma rede social para estudantes.

Com o tempo, a estratégia mudou, a partir de uma nova abordagem e alteração do design, fazendo com que milhares de pessoas, fora da bolha universitária, optassem pela “nova” rede social.

Recursos como compartilhamento de vídeos, fotos e possibilidade de interação com páginas de empresas e celebridades foram decisivos para a expansão do Facebook. Até hoje, a rede continua em constante inovação.

Ao contrário da torcida…

Apesar de muitos usuários já terem migrado para outras plataformas ou terem reduzido o tempo de uso, o Facebook continua resistente. Essa tendência, inclusive, chegou a motivar algumas perguntas, como: “será que ele vai acabar?”.

A realidade mostra uma situação um pouco diferente. A capacidade de adaptação, ao longo do tempo, é uma das razões que mantêm o Facebook em constante reinvenção, com bilhões de contas ativas e grande relevância.

Fora isso, o grupo cresceu. A companhia empresarial adquiriu, nos últimos anos, dois componentes essenciais: o WhatsApp e o Instagram. E hoje vivencia uma nova era: a de integração dos mecanismos das três plataformas.

Essa combinação fez do Facebook uma ferramenta importante para empresas, marcas e influenciadores, pois oferece várias possibilidades de divulgação e oportunidades de marketing com alcance global.

A importância da rede social é inegável, e vale destacar: quase 20 anos depois do lançamento. A dúvida deixou de ser sobre quando ela vai acabar e passou a ser sobre até onde ela vai e até que ponto seguirá influenciando as pessoas.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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