Economia
Os 10 maiores escândalos financeiros da história e suas consequências
Os prejuízos financeiros que marcaram a história do Brasil são novidades, mas podem cair no esquecimento. Relembre os casos mais conhecidos.
Pode parecer cena de filme de ação, mas todas essas histórias são reais e entraram para a história do Brasil. Foram perdas, escândalos e investigações de desvio de dinheiro envolvendo diferentes pessoas. Entre os casos, está a Operação Lava Jato, reconhecida no mundo inteiro por ser a maior investigação de corrupção global.
Listamos os desastres financeiros por ordem de acontecimento para facilitar na evolução dos casos. Em todos eles, ou na grande maioria, disparam casos de corrupção de desvio de verbas dos órgãos públicos.
Os 10 maiores escândalos financeiros
Jorgina de Freitas (1991)
Jorgina de Freitas trabalhou como advogada e procuradora do órgão previdenciário dos anos 1980 aos anos 1990. Foi responsável por ser líder de um esquema fraudulento no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e desviou verbas dos valores que eram destinados a pessoas mortas.
Em uma investigação interna no INSS, descobriram o esquema da procuradora em 1991, e outras 20 pessoas também foram responsabilizadas pelo desvio.
Jorgina fugiu do Brasil e foi presa na Costa Rica em 1997, sendo obrigada a devolver judicialmente o valor de R$ 200 milhões. Saiu da prisão em 2010 e morreu como vítima de acidente de carro em julho de 2022.
Banestado (década de 1990)
O Banco do Estado do Paraná oferecia recursos ilegais para paraísos fiscais de países estrangeiros. A conta CC5, utilizada e criada pelo Banco Central para brasileiros que residem no exterior, enviava valores irregulares ao exterior durante a ação.
Na época, os envios chegaram a US$ 30 bilhões. O caso girou em torno da omissão do pagamento de impostos, causando prejuízo ao governo brasileiro por não receber o dinheiro devido.
O caso foi descoberto em 1996, quando a justiça brasileira descobriu o desvio de US$ 228 milhões sob responsabilidade de Dario Messer, um dos agentes responsáveis pelo câmbio.
Messer ofereceu todos os detalhes do esquema e descobriram outras 91 pessoas envolvidas no desvio. No mesmo caso, o doleiro Alberto Yousseff foi acusado por desviar US$ 876,8 milhões de 1996 a 1999.
‘Anões do Orçamento’ (década de 1990)
O caso envolveu 37 deputados federais dos partidos PMDB e PTB na investigação. A CPI aconteceu em 1993 e o caso foi nomeado como “Anões do Orçamento”.
Foram responsáveis por desviar R$ 800 milhões do poder público e tinham o deputado João Alves de Almeida como o principal envolvido. Na época, João fazia parte da Comissão do Orçamento no Congresso e facilitou todo o processo de desvio.
Os desvios aconteciam nas verbas destinadas as obras públicas ou empreiteiras. Após a análise das obras, os deputados envolvidos aprovavam as emendas no Congresso para os devidos laranjas – em alguns casos, até mesmo parentes – e concluíam a operação enviando a contratação para a construtora Seval.
Juiz Lalau (década de 1990)
No esquema entre o ex-senador Luiz Estevão e o juiz Nicolau dos Santos Netos foram desviados cerca de R$ 2 bilhões do dinheiro destinado à construção do fórum do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo.
As obras tiveram início em 1992, sendo abandonadas em 1998, com 64% da construção concluída. Para as obras, 98% da verba foi liberada.
Em 1999, a construtora Incal, pertencente ao Grupo OK, era do parlamentar Luiz Estevão. O ex-senador foi preso em 2001 por desviar o dinheiro e foi condenado a 25 anos de prisão somente em 2016. O Juiz Nicolau recebeu o indulto presidencial de Dilma Rousseff, presidente do país à época, em 2014.
Banco Marka (1999)
O caso aconteceu durante a desvalorização do real e com a decisão do Banco Central em aumentar o teto do dólar. Em contrapartida à decisão do Banco Central, o Banco Marka, que pertencia ao banqueiro Salvatore Cacciola, apostou que a moeda brasileira iria valorizar.
O banqueiro recorreu ao Banco Central, e a resposta foi o repasse da venda do dólar por um valor inferior ao que estava sendo oferecido na época.
Certamente, o BC não tinha nenhuma justificativa baseada na lei para tal feito. A investigação posterior ao caso descobriu que Cacciola tinha informações internas do órgão e induziu a demissão de diretores.
Cacciola foi preso em 2008, quando estava em Mônaco, condenado judicialmente a 13 anos de prisão. O presidente do BC na época era Francisco Lopes, que foi condenado a 10 anos de prisão. A realidade seguiu outro mundo e fez com que o banqueiro entrasse em um desespero bilionário. Ao todo, o prejuízo chegou a R$ 3,7 bilhões.
Vampiros da Saúde (1990-2004)
As compras de remédios do Ministério da Saúde foram superfaturadas. A fraude ocorreu na Coordenadoria Geral de Recursos Logísticos e funcionários do Ministério da Saúde, fazendo todas as mediações das compras que eram repassadas.
Alguns deputados federais também foram denunciados por envolvimento. O caso durou 14 anos e gerou um desvio de R$ 4,08 bilhões, levando à prisão de 17 membros envolvidos no esquema.
‘Navalha na Carne’ (2007)
Semelhante ao caso dos “Anões do Orçamento”, o esquema aconteceu em 2007 e realizava as mesmas propostas de emendas governamentais para desviar dinheiro de obras públicas. Teve início em Camaçari, na Bahia, e contou com o esquema em outros oito estados. Ao todo, foi desviado R$ 1,06 bilhão.
Cerca de 49 pessoas estiveram envolvidas, todas com mandados de prisão até mesmo para o governador do Maranhão na época, o Jackson Lago (PDT).
‘Zelotes’ (2015)
Foi denominado entre os maiores escândalos financeiros que aconteceu no Brasil. A investigação começou em 2015, com o foco em analisar os pagamentos de propinas que aconteciam no Ministério da Fazenda, no órgão Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
A investigação ainda não foi concluída e 70 empresas estão envolvidas em pagamentos de propinas. O caso envolveu grandes empresas para que pudessem ter acesso a multas menores da Receita Federal. Estima-se que o prejuízo nos cofres públicos seja de R$ 19 bilhões.
Fundos de Pensão (2015)
Foram desviados mais de R$ 3 bilhões dos fundos de pensão das empresas estatais. O caso foi investigado em 2015 ao suspeitarem de pequenas transações em compras de títulos privados. Atualmente o fundo de pensão possui 2 milhões de beneficiários de empresas estatais, demandando 15% de dívida pública.
Operação Lava Jato (2009 – 2021)
A Lava Jato, operação da Polícia Federal, é responsável pelo maior combate a corrupção no mundo inteiro. Inicialmente, foram descobertos desvios do conhecido Alberto Youssef, envolvido em outros escândalos no caso do Benestado e do Mensalão.
A Polícia Federal analisou que Youssef também tinha envolvimento com outros deputados e iniciou a investigação.
Foram desviados R$ 42,8 bilhões dos cofres públicos e R$ 25 bilhões resgatados pela Polícia. Foram descobertos desvios em praticamente todas as obras públicas no país durante a investigação. A operação teve fim em outubro de 2021 e teve duração de 12 anos.
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