Ovo de Páscoa: preço pode subir 189% devido à alta no valor do cacau

Com a proximidade da Páscoa, os consumidores podem enfrentar dificuldades ao comprar ovos de chocolate. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentação (Abia), o preço do cacau subiu 189% nos últimos 12 meses. Esse aumento significativo vai impactar diretamente o custo dos produtos de chocolate neste ano.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelou que o chocolate já teve um aumento de 11,9% até dezembro de 2024. Esse cenário deve complicar ainda mais a tarefa de pais e mães que desejam presentear seus filhos com chocolates.

A crise na oferta global de cacau, influenciada por problemas climáticos e sanitários na África, é a principal responsável por essa alta expressiva.

Produção de cacau tem passado por baixas devido às mudanças climáticas – Imagem: Pixabay/Pexels

Alta do cacau eleva preço dos ovos de Páscoa

Embora a Abia diga que nem todo aumento, supostamente, será repassado aos consumidores, a tendência é de que o preço dos ovos de Páscoa suba. Diferentes ingredientes, como biscoitos, podem ajudar a amenizar o impacto, segundo João Dornellas, presidente executivo da associação.

As crises na oferta de cacau não afetaram apenas o Brasil, mas também toda a cadeia global, já que o país é apenas o sétimo maior produtor do mundo. Enquanto outros alimentos também têm de lidar com alta nos preços, o cacau se destaca por sua redução na oferta. Isso se deve, principalmente, às adversidades climáticas que têm interferido na produção nas principais regiões produtoras.

Apesar do cenário desafiador, há uma expectativa de que os fabricantes encontrem formas de mitigar o impacto no consumidor.

A introdução de ingredientes alternativos pode ser uma saída para manter os preços mais acessíveis, mas isso implica uma redução na quantidade de cacau presente no chocolate e, por consequência, mudanças no sabor do produto.

Mesmo diante da alta do cacau, ainda há esperança de que a Páscoa possa ser celebrada com chocolate.

* Com informações do portal InfoMoney.