Petrobras: Jean Paul Prates cogita parceria estratégica com o Kuwait

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), anunciou através de suas redes sociais que a estatal está buscando parcerias com três empresas do Kuwait: Kuwait Petroleum (KPC) e suas subsidiárias, Companhia de Indústrias Petroquímicas (PIC) e Companhia de Exploração de Petróleo no Exterior do Kuwait (KUFPEC).

De acordo com o Estadão, ele também mencionou a possibilidade de abrir uma subsidiária da última empresa mencionada no Brasil. Ele descreveu as reuniões realizadas com os presidentes das três empresas como “muito produtivas”.

Aproveitando uma viagem à Índia, Prates estendeu sua agenda para o Oriente Médio, buscando oportunidades de negócios e cooperação para a Petrobras. Durante sua estadia em Goa, Índia, participou da “India Energy Week 2024” e se encontrou com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e outras autoridades estrangeiras, além de presidentes de grandes empresas do setor.

Após sua visita ao Kuwait, Prates planeja visitar os Emirados Árabes, Arábia Saudita e Catar, países onde já esteve recentemente para fortalecer as relações.

Petrobras (PETR3; PETR4)

Embora nem Prates nem a Petrobras tenham esclarecido os detalhes das parcerias com empresas do Kuwait, especula-se que possam se concentrar nas atividades tradicionais da estatal brasileira, como exploração e produção de óleo e gás, ou na área petroquímica, na qual a diretoria de Prates expressou interesse em expandir.

No que diz respeito à Arábia Saudita, segundo o jornal, durante um encontro com autoridades sauditas no final de 2023, Prates mencionou o possível lançamento da Petrobras Arábia, uma sociedade voltada especificamente para o mercado de fertilizantes. Essa iniciativa visa aproveitar as sinergias entre os dois países para fortalecer o acesso aos fertilizantes.

O principal interlocutor de Prates e da Petrobras no Oriente Médio é Haitham al-Ghais, secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que teria convidado Prates para a visita atual. O interesse desses países no Brasil e na Petrobras está centrado no desenvolvimento de tecnologias de transição energética e descarbonização na cadeia de hidrocarbonetos, fundamentais para suas economias.