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Petrobras vai rever presença da Golar em licitação de terminal de GNL na Bahia

Companhia fará uma revisão da análise de integridade da Golar, um processo aplicado a todos seus fornecedores.

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A Petrobras afirmou em comunicado divulgado na segunda-feira que irá reavaliar a presença da Golar Power em uma licitação para arrendamento de seu terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) na Bahia.

A estatal fará uma revisão da análise de integridade da Golar, processo que garantiu ser aplicado a todos seus fornecedores. Estão proibidas de negociar com a petroleira todas as empresas consideradas como tendo nível de risco de integridade elevado.

A Golar Power não retornou os pedidos de comentários enviados na segunda-feira a noite.

De acordo com Petrobras, a análise será feira porque um executivo do grupo Golar foi citado na fase atual da Operação Lava Jato. A Golar Power é uma joint venture da Golar LNG com a empresa de private equity Stonepeak Infrastructure Partners.

Ainda foram protocoladas denúncias, mas as alegações sobre o atual CEO da Golar Power, Eduardo Antonello, são baseadas em acusações de réus confessos e acordos de delação premiada, e referem-se à sua atuação anterior pelo grupo Seadrill.

As acusações contra ele são “alegações de delatores, não traduzindo a realidade dos fatos”, disse um representante de Antonello, que também pediu maior cautela de autoridades na divulgação de investigações devido ao risco de “destruição da reputação dos indivíduos e empresas atingidos”.

No final de agosto, executivos da Golar disseram a empresa estava “muito interessada” no terminal de GNL da Petrobras, disputa na qual também Shell, Total e BP.

Acordo com a BR Distribuidora

Segundo a Petrobras, a empresa enviou uma carta à BR Distribuidora, na qual é acionista, “solicitando esclarecimentos”, “diante dos fatos revelados pela Operação Lava Jato”, sobre uma recentemente anunciada parceria da empresa de combustíveis com a Golar Power para o setor de GNL.

Contudo, a petroleira frisou que “não é acionista controladora da BR”.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou recentemente uma joint venture entre a BR e a Golar Power no setor de distribuição de gás natural liquefeito (GNL).

Em outro comunicado divulgado na noite de segunda-feira, a BR afirmou que sobre da citação de Antonello na Lava Jato por meio da imprensa.

“No momento não há qualquer decisão relativa a novos passos no âmbito da parceria e, ao tomar conhecimento das notícias, a companhia deu início às diligências necessárias para averiguação dos referidos fatos de modo que possa avaliar as eventuais implicações para os negócios entre as companhias”, escreveu a companhia.

À Reuters, a distribuidora disse que “desconhecia qualquer fato que desabonasse a conduta do Sr. Eduardo Antonello” antes da Lava Jato, e destacou que analisa parceria com a Golar Power, “mas não há qualquer decisão relativa a novos passos no âmbito dessa negociação”.

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