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Economia

PIB avança 0,4% no terceiro trimestre (3T22)

IBGE: alta trimestral é a quinta seguida e maior patamar da série histórica

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Maior patamar da série histórica (com início em 1996), o Produto Interno Bruto (PIB) nacional avançou 0,4% no terceiro trimestre do ano (3T22), em relação ao anterior (2T22), configurando a quinta alta trimestral seguida, de acordo com os dados que integram o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, segundo informou, hoje (1º), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A partir desse resultado, o PIB nacional agora soma R$ 2,544 trilhões, que se situa 4,5% acima do registrado antes da pandemia, no quatro trimestre de 2019 (4T19) e representa expansão de 3,6% ante igual trimestre de 2021.

O desempenho positivo da economia no 3T22 foi ‘puxado’ pela variação positiva do setor de serviços, que avançou 1,1%, mas também da indústria, que cresceu 0,8%, ao passo que a agropecuária recuou 0,9% no período.

Responsável por 70% da economia nacional, o setor de serviços refletiu a alta de grupos, como informação e comunicação (3,6%), desenvolvimento de software e internet; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%), além de atividades imobiliárias (1,4%).  Com participação de 23% no setor de serviços, outros serviços (que inclui alojamento e alimentação) também subiu 1,4%.

Sobre a trajetória dos serviços, a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, comenta que “as outras atividades de serviços já vêm se recuperando há algum tempo, com a retomada de serviços presenciais que tinham demanda represada durante a pandemia”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Neste quesito, a única exceção coube ao comércio, com variação negativa de 0,1% no 3T22, que traduz, segundo ela “um cenário que já vínhamos observando na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE. O resultado reflete a realocação do consumo das famílias dos bens para os serviços”.

Outra atividade que contribuiu para a alta do PIB, a construção – que integra o setor industrial – teve expansão de 1,1% no trimestre em questão.  Sobre ela, a coordenadora comenta que “essa atividade já vinha crescendo há quatro trimestres e segue aumentando, inclusive em ocupação. Outro destaque do setor é Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,6%), atividade que foi beneficiada pela redução da energia termoelétrica”, afirma.

Depois de acumular três trimestres de altas consecutivas, a agropecuária caiu 0,9% no 3T22, e de 1,5% no acumulado do ano. “A retração é explicada pelas culturas que têm safra relevante nesse trimestre e tiveram queda de produção, como é o caso da cana-de-açúcar e de mandioca. Já no ano, o desempenho do setor é ligado aos resultados da soja, nossa principal cultura, que teve a sua produção afetada por problemas climáticos”, acentua Rebeca.

No que toca aos investimentos (formação bruta de capital fixo), estes aumentaram 2,8%, no comparativo mensal, ao mesmo tempo em que o consumo das famílias avançou 1% (pelo sexto trimestre seguido) e o consumo do Governo cresceu 1,3%.

“Esse crescimento (do consumo familiar) está relacionado aos resultados positivos do mercado de trabalho, em relação ao rendimento e à ocupação, aos auxílios governamentais, como o Auxílio Brasil, Auxílio Taxista e o Auxílio Caminhoneiro, às políticas de desoneração fiscal e a uma inflação mais recuada, mesmo que ainda esteja alta”, arremata a coordenadora do IBGE.

 

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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