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Finanças

Pix ilimitado? Bancos criam regras para a utilização do serviço

Com limitações nos pagamentos e nas transações, a nova ferramenta do Banco Central poderá ser usada apenas em alguns horários específicos.

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O Pix surgiu como uma plataforma para facilitar transferências, de maneira simples, rápida, e a qualquer momento do dia. Nas duas primeiras semanas, o serviço já foi utilizado 28 milhões de vezes, e a tendência é crescer ainda mais. Porém, quem tenta fazer transações de maior valor em alguns bancos, encontra limitações. 

Embora a plataforma tenha sido criada com o intuito de ser ilimitada e gratuita, alguns dos maiores bancos colocaram suas próprias regras para o funcionamento do Pix. As restrições foram um pedido das próprias instituições, acatado pelo Banco Central. 

Por conta da falta de padrão do Pix, quem escolhe o que é possível ou não fazer, são os próprios bancos, e até fevereiro do ano que vem, eles poderão manter algumas restrições, o que torna a plataforma menos flexível e prejudica o uso dos clientes. As regras mudam de acordo com a movimentação de cada usuário, são limites personalizados.

Principais restrições

Os bancos podem regrar as operações via Pix a um valor correspondente a 50% do limite disponibilizado para TEDs, mesmo com transferência para a mesma titularidade. Como o valor máximo de transferências via TED varia de cliente para cliente, você só consegue descobrir o seu limite via Pix se acessar os canais de atendimento do banco. 

Outra limitação é o valor para pagamentos e transferências no período da noite, finais de semana e feriados. Essa regra visa criar mais segurança para os usuários, pois a medida busca coibir a prática do sequestro relâmpago. 

A EXAME Invest procurou alguns bancos para esclarecer melhor quais medidas as instituições vão tomar. Segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), as limitações são as mesmas de operações tradicionais, como o TED e o DOC. “A decisão sobre o limite máximo das transações ficará a critério de cada instituição financeira, da mesma forma como já é feito atualmente nos demais meios de pagamento. Os bancos poderão estabelecer limites máximos de valor baseados em critérios de mitigação de riscos de fraude e de critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”, afirmou a Febraban.

Dentre as limitações impostas pela Caixa, o limite máximo para pagamentos e transferências é de apenas R$ 5 mil. Para usuários do Caixa Tem, o limite é menor ainda, R$ 1.200. 

O Itaú Unibanco afirmou: “Não há nenhuma restrição adicional às regras estabelecidas pelo Banco Central. Para gerenciamento de riscos, o BC definiu parâmetros para os limites a serem oferecidos aos clientes em diversas situações”.

O Santander disse: “Os clientes possuem limites diários em valor de acordo com o seu segmento e horário da transação – tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica. Seguindo recomendações do Banco Central, durante a madrugada e aos finais de semana os limites diários têm como referência os limites de cartão de débito”.

O Banco do Brasil também se posicionou. “O limite de valor do Pix é de 50% do estabelecido para TED, entre 6h e 20h de dias úteis. Em dias não úteis e das 20h às 6h, o limite de valor varia conforme o público, variando de R$ 1 mil até R$ 10 mil. Já a quantidade de transações é ilimitada das 5h às 23h, todos os dias. Entre 23h e 5h, o limite é de cinco transações”.

O Nubank disse: “Nenhuma restrição específica para o uso do Pix. No Nubank, as transações sempre foram gratuitas e ilimitadas e o novo arranjo segue os mesmos procedimentos de segurança e prevenção à fraude que os outros métodos de transferência disponíveis no nosso aplicativo, seguindo sempre as recomendações do Banco Central”.

O Bradesco não se posicionou.

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