Por que o Banco Central dos EUA sugeriu o banimento do Bitcoin?

Recentemente, o Banco Central dos Estados Unidos publicou um estudo detalhando sua posição crítica em relação ao Bitcoin.

O documento, divulgado no último dia 17 de outubro, classifica a criptomoeda como inútil e sugere soluções drásticas, como taxação ou banimento.

A criptomoeda é mencionada 110 vezes nas 40 páginas do estudo, o que destaca a preocupação do Fed com seus efeitos na economia.

Por sua vez, o texto aborda o impacto do Bitcoin como um concorrente do dólar, afetando a política fiscal e as expectativas de inflação.

Considerado um desafio inovador às políticas monetárias tradicionais, a criptomoeda representa um risco à criação da dívida pública, segundo o estudo.

O uso de fórmulas complexas é uma tentativa de explicar as possíveis consequências econômicas.

Propostas do Fed: taxação e banimento do Bitcoin

Fed dos EUA critica Bitcoin, sugerindo taxação ou banimento para proteger a economia e a política monetária. – Imagem: Freepik/Reprodução

O estudo apresenta diversas propostas para mitigar os efeitos do Bitcoin, argumentando que esses métodos podem ajudar a manter o equilíbrio fiscal.

Uma das soluções sugeridas é a taxação do Bitcoin, utilizando parâmetros econômicos para analisar seus efeitos. A ideia é que, ao tributar a criptomoeda, seu impacto negativo na economia possa ser reduzido.

Outra proposta ainda mais radical é o banimento do Bitcoin. Esta abordagem visa proteger o sistema monetário tradicional e evitar que a criptomoeda comprometa a estabilidade econômica.

O documento sugere que, em condições de aversão ao risco, as pessoas poderiam preferir manter bitcoins a investir em títulos governamentais, o que poderia prejudicar a economia.

A análise do Fed destaca que, em uma economia com mercados incompletos, a presença de ativos como o Bitcoin pode comprometer estratégias financeiras tradicionais.

Mesmo com a taxação sugerida, a moeda digital representa um obstáculo à implementação de políticas econômicas eficazes, devido à sua natureza descentralizada e à falta de controle governamental sobre ela.

Além disso, o estudo enfatiza que o Bitcoin ameaça a capacidade do governo de utilizar impostos sobre o consumo para equilibrar suas contas.

Sem uma ação decisiva, há um risco contínuo de que a criptomoeda desestabilize as práticas econômicas estabelecidas, destacando uma necessidade urgente de intervenção.

Ainda que o estudo proponha medidas extremas, a aplicação prática delas é incerta. O crescente uso do Bitcoin e sua aceitação em várias esferas da economia tornam a ideia de banimento mais desafiadora.

Entretanto, o documento revela que o governo está ciente dos riscos e considera possíveis formas de repressão financeira.

Concluindo, o estudo do Banco Central dos EUA destaca a preocupação com as implicações do Bitcoin para a economia americana.

Embora as soluções propostas sejam controversas, elas evidenciam a necessidade de um debate contínuo sobre o papel das criptomoedas no futuro financeiro global.