Economia
Preço dos alimentos continua a subir; veja qual ficou mais caro
Inflação na cesta básica continua sendo puxada pela carne bovina. Contudo, este não foi o alimento que mais encareceu em outubro.
Uma das reclamações mais frequentes em qualquer lugar do Brasil está no preço da cesta básica. O salário mínimo está quase insuficiente para comprar tudo o que é preciso para a rotina diária. Isso, levando em conta apenas itens de higiene e alimentação. Só em outubro, o feijão-fradinho aumentou 4,02%.
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Disparada de preços
Depois do feijão-fradinho, citado no início, o açúcar-cristal foi o segundo alimento que mais encareceu. O preço subiu 2,87% na prateleira dos mercados, em outubro. A alta acumulada nos últimos doses meses registra 51,90%.
A carne é outro item que virou artigo de luxo no cardápio dos brasileiros. Até o osso bovino que era descartado começou a ser vendido em muitos açougues do país. O preço da carne bovina subiu 1,43% em setembro e, em outubro, a alta foi de 2,64%. Ou seja, todo mês os produtos de subsistência encarecem um pouco mais.
Outro alimento que ficou mais salgado foi o pescado (2,10%). E no quinto lugar dos mais inflacionados está o tomate, que ficou 1,74% mais caro em outubro. Este foi o único que chegou a cair 0,09% no valor de setembro, mas já retomou à alta.
Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ele é elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações coletadas em outubro são preocupantes e mostram alta cada vez mais acelerada. Todos os dados foram confirmados pelo Indicador de Inflação por Faixa de Renda, do Ipea.
De quem é a culpa?
A culpa desse aumento está na inflação que assola o Brasil há muito tempo. Porém, o problema tem se agravado em 2021. O poder médio de compra do cidadão caiu e o custo de vida aumentou demasiadamente. O maior impulsionador da inflação é o dólar e seus constantes aumentos.
O dólar caro faz com que os muitos produtores decidam exportar seus produtos. Assim, eles recebem em dólar e acabam multiplicando os lucros. Além disso, o dólar em alta encarece o preço de diversas matérias-primas. Por exemplo, o trigo é cotado em dólar e é usado para a produção de diversos derivados. Fertilizantes são vendidos em dólar, o que encarece a produção.
Ainda não há qualquer previsão de estabilidade econômica que vislumbre a saída da inflação. Os constantes conflitos políticos acabam atrapalhando ainda mais no controle do preço do dólar. O jeito é tentar economizar e comparar os valores em diferentes estabelecimentos.
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