Mundo
Presidente da França nomeia novo primeiro-ministro
Trata-se de Michel Barnier.
Michel Barnier foi nomeado o novo primeiro-ministro da França pelo presidente Emmanuel Macron, após um período de dois meses desde as eleições legislativas antecipadas. As eleições revelaram um cenário político fragmentado, com uma virada à esquerda, mas sem que nenhum partido conseguisse garantir uma maioria absoluta para governar sozinho.
O anúncio da nomeação foi feito em um comunicado oficial da presidência após Barnier, de 73 anos, deixar o Palácio do Eliseu. Barnier, um veterano da política francesa e ex-negociador da União Europeia para o Brexit, assumirá o cargo no lugar de Gabriel Attal, que renunciou após as eleições. Attal, o primeiro-ministro mais jovem da história francesa, ocupava o cargo desde janeiro de 2023.
A escolha de Barnier, membro do partido Les Républicains, já vinha sendo especulada como uma tentativa de Macron de encontrar alguém capaz de construir alianças no parlamento. A carreira política de Barnier começou em 1993, e ele já havia ocupado cargos sob as presidências de Jacques Chirac e Nicolas Sarkozy antes de assumir importantes funções em Bruxelas.
A nomeação de Barnier é vista como um esforço para estabilizar o governo em um parlamento dividido, onde, apesar da ascensão de forças de esquerda, não há uma maioria clara para governar.
França
Atualmente, a França enfrenta diversos conflitos políticos significativos, principalmente relacionados à liderança do presidente Emmanuel Macron e às divisões no parlamento. Um dos principais fatores é o impasse resultante das eleições legislativas de 2024, que deixaram o país sem um partido com maioria absoluta, forçando Macron a buscar alianças frágeis. Esse cenário dificulta a implementação de reformas, como a controversa reforma da previdência, que aumentou a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos, gerando grandes protestos por todo o país.
Além disso, a oposição, tanto de direita quanto de esquerda, tenta desestabilizar o governo. O partido de extrema esquerda, La France Insoumise (LFI), lançou um pedido de destituição de Macron, acusando-o de desrespeitar suas obrigações como presidente. Ao mesmo tempo, há crescentes tensões com a extrema direita, liderada pelo Rassemblement National (RN), que também busca expandir sua influência no atual vácuo político.
Essas divisões alimentam uma sensação de instabilidade política e social, com o governo enfrentando dificuldades para formar uma coalizão estável. Macron, no entanto, continua focado em manter sua agenda de reformas e governar apesar das pressões internas, o que inclui possíveis alianças com a direita moderada.
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