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Presidente da Gerdau diz que segunda onda de Covid-19 não afetará muito a empresa
Para Gustavo Werneck, uma nova segunda onda de coronavírus no Brasil coincidiria com o lançamento de uma vacina contra a doença.
O presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, afirmou nesta quarta-feira que uma nova segunda onda de coronavírus no Brasil, com imposição de novas medidas de quarentena, não acarretaria em impactos muito significativos para as operações da companhia.
Em apresentação online a investidores, Werneck disse que uma segunda onda de infecções coincidiria com o lançamento de uma vacina contra a Covid-19 e encontraria a empresa “muito bem preparada para enfrentá-la”.
“Isso (risco de nova onda de Covid-19) está sempre no nosso planejamento de riscos…Mas neste momento não vemos essa segunda onda causando impactos grandes em nossos negócios”, disse ele.
A Comissão Europeia anunciou nesta quarta o contrato de suprimento de até 300 milhões de doses da vacina contra Covid-19 em desenvolvimento por Pfizer e BioNTech. O imunizante das duas empresas é um dos primeiros a mostrar sucesso em um teste clínico de larga escala contra o vírus.
Mais cedo neste ano, a Gerdau decidiu para as atividades de unidades de produção de aço no Brasil, mas logo voltou atrás após flexibilizações nas quarentenas serem adotadas e a demanda pela liga no país começar a se recuperar com força em meio à queda nos estoques locais.
Apesar da forte recuperação na demanda registrada nos últimos meses, Werneck afirmou que as operações da Gerdau no Brasil “ainda estão muito distantes” de precisarem de mais investimentos em aumento de capacidade. A companhia tem atualmente instalações produtivas paradas no Paraná e na Bahia, enquanto a usina de Ouro Branco (MG) tem capacidade excedente de produção de aço que a empresa tem aproveitado para exportações, acrescentou.
O executivo espera que 2021 traga espaço de oportunidade para reposição de estoques no setor de aço no Brasil, e acredita que as operações nos Estados Unidos tendem a ter uma recuperação de negócios mais lenta uma vez que a Gerdau não tem fatias relevantes em segmentos complementares como distribuição de aço e fornecimento de matéria-prima como ocorre no Brasil.
Sobre as consequências da eleição do democrata Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos, Werneck afirmou que ainda é cedo para uma avaliação completa, mas afirmou que a Gerdau “ainda não viu impactos de curto prazo em seus negócios…o backlog (carteira de pedidos) continua muito consistente”.
A expectativa da Gerdau no que diz respeito a custos é que os spreads metálicos, diferença entre o custo da sucata e o preço do aço vendido pela empresa, serão parecidos com os atuais em 2021, levando em conta que novas capacidades de produção de aço nos Estados Unidos não vão ser ativadas todas de uma vez no ano que vem.
“Não vai ter nenhuma disrupção no fornecimento de sucata. Criamos nos últimos dois anos mais capilaridade na compra de sucata”, completou.
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