Economia
Prioridade para PEC dos Precatórios ameaça privatização dos Correios
Para analistas, tempo disponível para desestatização da empresa, em ano eleitoral, seria ‘escasso’
Nem para o ano que vem. É o que avaliam analistas quanto às chances de privatização dos Correios pelo governo atual, face à grande resistência apresentada, no momento, pelo Senado, apesar de o respectivo projeto de privatização da estatal já haver sido aprovado na Câmara dos Deputados.
Sem tempo hábil – Segundo fontes do mercado, técnicos do governo avaliam “que não haveria tempo hábil’ para a desestatização da empresa, em 2022, mesmo que o Congresso aprovasse a medida nos próximos meses”.
‘Filho abandonado’ – Com uma ‘escolha de Sofia’ – quando a mãe tem de escolher qual filho sobrevive – o Executivo ‘abandonou’ a alienação dos Correios, em favor do programa social com pinta de eleitoral Auxílio ‘pleito’ Brasil, e seu benefício de R$ 400, já em execução.
Transferência total – Sem votos suficientes para sua aprovação pelo Congresso, o modelo de venda dos Correios desperta controvérsias entre os parlamentares, pois prevê a transferência de 100% da empresa ao setor privado no leilão, operação que estaria associada à concessão dos serviços postais, dentro de um ambiente de ‘universalização das entregas’.
Sinalização positiva insuficiente – Mesmo com a ‘sinalização positiva’ do Tribunal de Contas da União (TCU) para a privatização, a articulação parlamentar intensa envolvendo a aprovação da PEC dos Precatórios acabou tomando todo o espaço político do momento, lançando para 2022, se for, a votação do respectivo projeto, que sequer chegou a ser apreciado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Ano eleitoral – Outro complicador óbvio é a dificuldade natural de privatizar uma estatal dessa magnitude em pleno ano eleitoral, quando deverão ser realizadas audiências públicas, cujos resultados são posteriormente encaminhados para análise pelo TCU, o que demanda tempo.
Incertezas persistem – A decisão do Planalto de privatizar a estatal decorreria, entre outros fatores, da ‘incerteza’ quanto à sua autossuficiência e capacidade de investimentos futuros, o que demandaria investimentos anuais de R$ 2 bilhões por ano, em contraste com os R$ 300 milhões investidos hoje.
Sem competitividade – Reforça essa avaliação federal, conclusão de estudo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de que os Correios apresentariam ‘baixo uso de tecnologia, baixa produtividade e quase nenhuma competitividade’. Além disso, o faturamento da estatal teria ‘encolhido’ 6% em 2020, em comparação com o ano anterior, sem contar que o tempo de entrega da empresa no e-commerce aumentou, em vez de cair.

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