Privacidade x tecnologia: Google vai usar dados dos usuários para ensinar Inteligência Artificial

O Google, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, anunciou recentemente uma atualização em sua política de privacidade que tem gerado discussões sobre o uso de dados pessoais e os avanços tecnológicos, como a inteligência artificial, que está em alta.

Anteriormente, a permissão dos usuários para o Google utilizar seus dados era voltada especificamente para treinar modelos de linguagem. No entanto, agora a empresa expandiu essa permissão para o uso de dados públicos dos usuários no treinamento de seus modelos de Inteligência Artificial.

O que a mudança significa?

Essa mudança significa que o Google passará a usar as informações públicas disponíveis nos serviços da empresa, como pesquisas, conteúdo compartilhado e interações nas plataformas, como uma maneira de aprimoramento de seus modelos de IA, como o promissor Bard.

Com esses dados, a empresa e a tecnologia conseguem entender melhor os padrões de comportamento e preferências dos usuários, buscando assim oferecer serviços mais personalizados e aperfeiçoar a eficiência de suas soluções baseadas em inteligência artificial.

Inclusive, vários serviços desse tipo já utilizam essas informações para melhorar a tecnologia oferecida aos usuários. O próprio ChatGPT, a Inteligência Artificial generativa mais badalada do momento, usa os dados públicos de milhões de usuários para treinamento do algoritmo.

Segundo a nova política de privacidade do Google:

“O Google usa informações para melhorar nossos serviços e desenvolver novos produtos, recursos e tecnologias que beneficiem nossos usuários e o público  (…)  Por exemplo, usamos informações disponíveis publicamente para ajudar a treinar os modelos de IA do Google e criar produtos e recursos como Google Tradutor, Bard e recursos de IA em nuvem.”

Mesmo assim, é importante que os usuários estejam cientes das implicações dessa atualização em sua privacidade e tenham o poder de decidir quais dados públicos desejam compartilhar, seja com o Google ou com qualquer outra empresa.

Em conclusão, no mundo cada vez mais conectado em que vivemos, é essencial que as empresas consigam encontrar um equilíbrio entre a inovação e a privacidade.