Processo do Departamento de Justiça dos EUA é “profundamente falho”, diz Google

O processo aberto pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra o Google por possíveis violações à legislação de concorrência é “profundamente falho”, disse a companhia nesta terça-feira, acrescentando que usuários encontrarão mais dificuldades para acessar ferramentas de busca superiores em celulares caso ela perca o processo.

“A legislação antitruste norte-americana é projetada para promover a inovação e ajudar os consumidores, não para virar o jogo em favor de competidores particulares ou para tornar mais difícil para as pessoas receberem os serviços que elas querem”, disse Kent Walker, vice-presidente sênior do Google.

Aberta pelo departamento e por 11 Estados dos EUA, a ação diz que o Google empregou seu poder de mercado para afastar concorrentes, incluindo acordos de distribuição que descartaram em celulares e programas de navegação pela web seu mecanismo de buscas na internet.

A companhia argumenta que tais acordos ajudam a subsidiar o custo de celulares. Os negócios têm receita compartilhada com distribuidores como a Apple, segundo a Google.

Segundo Walker, usuários repetidamente revelaram preferência pelas ferramentas do Google, o que levou fabricantes a escolheres seus motores. Mesmo assim, argumentou o executivo, quem preferir outro sistema de busca pode escolher outra alternativa em seu próprio aparelho.

O vice-presidente do Google disse ainda que obrigar fabricantes de aparelhos e desenvolvedores de aplicativos a definirem “alternativas de busca de qualidade menor” como padrão não é positivo para os usuários.

Walker também classificou como incorreta o entendimento do departamento de que ferramentas de busca baseadas em assuntos, como os serviços de viagem Kayak e Expedia ou o site de compras da Amazon.com, não competem como o sistema de buscas do Google.

O Google acredita que a popularidade destas ferramentas de buscas diminui a fatia de mercado da companhia em relação a um cenário em que somente se inclui o mecanismo de buscas Bing, da Microsoft, entre outros, completou Walker.