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Qual a melhor idade para começar a dar mesada aos filhos?

Mesada pode ser uma ferramenta de aprendizado para crianças e adolescentes; saiba quando começar e como orientar os filhos.

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Ensinar sobre dinheiro desde cedo pode fazer toda a diferença na vida adulta. A forma como uma criança aprende a lidar com valores, poupar e gastar impacta diretamente sua relação com as finanças no futuro. A mesada pode ser uma ferramenta importante nesse processo, ajudando a desenvolver responsabilidade e consciência financeira.

No entanto, muitos pais ficam em dúvida sobre quando começar a dar mesada e como introduzir esse conceito de maneira saudável. Não se trata apenas de entregar dinheiro, mas sim de oferecer uma experiência de aprendizado.

O momento ideal varia conforme a maturidade da criança e sua capacidade de compreender o valor do dinheiro.

Por que a mesada é importante para a educação financeira?

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A mesada ensina crianças a planejar gastos, ajudando a evitar impulsividade financeira na vida adulta. (Foto: Sawitree Pamee/Canva Pro)

A mesada funciona como um primeiro contato da criança com a administração do próprio dinheiro. Com um valor fixo em mãos, ela aprende a tomar decisões sobre quanto gastar, quanto guardar e como planejar seus desejos e necessidades. Esse exercício simples ajuda a construir hábitos financeiros mais equilibrados.

Além disso, lidar com dinheiro desde a infância ensina que recursos são limitados e que escolhas precisam ser feitas com consciência. Uma criança que aprende a poupar para comprar algo que deseja, por exemplo, desenvolve paciência e autocontrole, habilidades essenciais para a vida adulta.

Outro ponto positivo é que a mesada pode evitar que o dinheiro seja visto apenas como um presente ou algo concedido sem critério. Quando bem utilizada, ela incentiva a autonomia e ensina que cada gasto tem consequências, tornando a relação da criança com o dinheiro mais saudável e consciente.

Qual a idade ideal para começar a dar esse dinheiro?

Não existe uma regra fixa para definir a idade certa, mas fala-se muito sobre iniciar por volta dos 6 ou 7 anos, quando a criança já entende conceitos básicos de números e trocas. Nessa fase, ela pode começar a diferenciar valores e compreender que o dinheiro tem uma função específica.

A partir dos 10 anos, a mesada pode ser ajustada para um valor um pouco maior, incentivando a criança a planejar seus gastos por períodos mais longos. Esse é um bom momento para introduzir conceitos como economia, comparação de preços e prioridades financeiras.

Na adolescência, o ideal é que o jovem tenha ainda mais autonomia sobre seu dinheiro. Nessa fase, a mesada pode ser mensal e envolver mais responsabilidades, como pagar pequenas despesas pessoais. Isso permite que ele aprenda a gerenciar um orçamento de maneira mais próxima à realidade adulta.

Como tornar a mesada uma ferramenta de aprendizado?

A mesada não deve ser apenas uma quantia entregue sem orientação. É importante conversar com a criança sobre como administrar o dinheiro e incentivá-la a dividir os valores entre gastos, poupança e possíveis doações. Criar esse hábito desde cedo pode evitar impulsividade financeira no futuro.

Outro ponto importante é dar espaço para a criança tomar decisões. Se ela gastar todo o dinheiro rapidamente, por exemplo, é essencial que sinta as consequências dessa escolha, entendendo a importância do planejamento. Essa experiência ajuda a desenvolver responsabilidade sem precisar de punições.

Por último, envolver os filhos em pequenas decisões financeiras da família, como comparar preços no mercado ou definir um orçamento para um passeio, reforça ainda mais o aprendizado. Dessa forma, a mesada deixa de ser apenas um valor fixo e se torna um verdadeiro exercício prático de educação financeira.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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