Queixas no Procon crescem 16%; veja empresas com mais reclamações

Com o crescimento das compras online e a ampliação dos serviços digitais, os consumidores paulistas enfrentaram desafios ainda maiores em 2024. De acordo com dados divulgados pela Fundação Procon-SP, o número de reclamações cresceu 16% em comparação ao ano anterior, totalizando 255.536 registros.

Entre os principais motivos estão falhas na entrega de produtos, cobrança indevida, má prestação de serviços e dificuldades para resolver problemas diretamente com as empresas.

Empresas com mais reclamações no Procon-SP

No topo da lista está a loja online de roupas e acessórios Yeesco, com 10.647 queixas e um índice de solução de apenas 29,6%. Em segundo lugar, aparece a Enel Eletropaulo, responsável por 8.508 reclamações e um índice de solução de 16,4%.

Já a empresa Hurb, do setor de turismo, acumulou 7.554 reclamações, e apenas 0,3% delas foram resolvidas.

Outras empresas conhecidas do consumidor brasileiro também figuram entre as mais reclamadas. O Mercado Livre, por exemplo, aparece em quarto lugar, seguido por bancos, operadoras, empresas de tecnologia e até serviços de alimentação e transporte.

A maioria das queixas envolve problemas no setor de produtos, que representa 33,4% das notificações — com destaque para a falha na entrega como a principal causa. Em seguida, aparecem os segmentos financeiro e habitacional, com 23,8%, serviços privados (também com 23,8%), serviços essenciais, com 9,6%, e saúde e alimentação, com 9,2%.

Ranking das empresas com mais reclamações no Procon:

1. Yeesco
2. Enel Eletropaulo
3. Hurb
4. Mercado Livre
5. Itaú Unibanco
6. Bradesco
7. Samsung
8. iFood
9. Santander
10. Claro/Net/Embratel/Nextel
11. Vivo/Telefônica
12. Magazine Luiza/Netshoes/Época Cosméticos/Magalupay
13. Sabesp
14. Nubank
15. Caixa Econômica Federal
16. Carrefour
17. Uber
18. Shopee
19. Banco do Brasil
20. Amazon

A importância de canais de reclamação

Apesar da importância do Procon como canal oficial de proteção ao consumidor, plataformas como o Reclame Aqui também exercem um papel fundamental na mediação entre empresas e clientes.

Além de permitirem que consumidores exponham suas experiências, essas ferramentas funcionam como uma vitrine pública de reputação, incentivando as marcas a resolverem os problemas com mais agilidade.

Esses canais também ajudam a mapear tendências de insatisfação e recorrência de falhas, permitindo que os próprios consumidores tomem decisões mais conscientes antes de fechar uma compra ou contratar um serviço.

Reclamar é um direito. E, em tempos de consumo digital em larga escala, exercer esse direito com consciência é uma forma de exigir respeito, qualidade e responsabilidade por parte das empresas.

*Com informações da Gazeta de São Paulo.