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Saúde

Quem tem burnout, ansiedade ou depressão pode solicitar benefício do INSS?

Sim! Veja os critérios e como pedir afastamento.

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Nos últimos anos, transtornos como burnout, ansiedade e depressão têm impactado cada vez mais trabalhadores. O ambiente corporativo, com metas desafiadoras, cobranças excessivas e longas jornadas, pode levar ao esgotamento mental e físico. Diante desse cenário, muitos profissionais se perguntam se podem recorrer ao INSS para afastamento e recebimento de benefícios.

A legislação previdenciária brasileira prevê a possibilidade de afastamento para trabalhadores que sofrem com transtornos mentais incapacitantes.

Isso significa que, caso a doença comprometa a capacidade de exercer atividades laborais, o profissional pode ter direito ao auxílio-doença ou, em casos mais graves, até mesmo à aposentadoria por invalidez.

Como funciona o benefício do INSS?

Excesso de cobranças e falta de descanso adequado podem intensificar o burnout e impactar a produtividade. (Foto: Peopleimages.com – YuriArcurs/Canva Pro)

O trabalhador que precisa se afastar do trabalho por mais de 15 dias devido a transtornos como burnout, ansiedade ou depressão pode solicitar o auxílio-doença. Para isso, é necessário apresentar atestados médicos e passar por perícia no INSS, que avaliará a gravidade da condição e a necessidade do afastamento.

Se a doença for reconhecida como relacionada ao trabalho, o benefício pode ser concedido na modalidade acidentária. Nesse caso, além do afastamento, o profissional tem direito à estabilidade de 12 meses após o retorno às atividades. Esse direito busca garantir a reintegração segura ao ambiente de trabalho, sem riscos adicionais para a saúde mental.

Nos casos em que o transtorno mental leva à incapacidade permanente para o trabalho, o INSS pode conceder a aposentadoria por invalidez. O cálculo do benefício é feito de forma diferenciada, buscando garantir maior proteção financeira ao trabalhador que não pode mais exercer sua profissão.

Como tratar burnout, ansiedade e depressão?

Para além do afastamento, o tratamento desses transtornos é essencial para garantir a recuperação e o bem-estar do trabalhador. O acompanhamento psicológico e psiquiátrico é o primeiro passo, ajudando na identificação das causas e na adoção de estratégias para lidar com o estresse.

Mudanças na rotina também são recomendadas. A prática de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada e a adoção de técnicas de relaxamento podem contribuir para o controle da ansiedade e da depressão. Além disso, o suporte da família e da empresa pode fazer a diferença no processo de recuperação.

Nos casos mais graves, o uso de medicação pode ser necessário, sempre com acompanhamento médico. O mais importante é buscar ajuda profissional ao perceber os primeiros sinais, evitando que o problema se agrave e comprometa a qualidade de vida e o desempenho no trabalho.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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