Bancos
Reclamações contra bancos crescem, de acordo com Procon
Devido a pandemia da Covid-19 diversos serviços começaram a ser utilizados no formato remoto. Entenda, leia mais!
De acordo com o Procon de Campinas (SP), o número de reclamações aumentou significativamente em 2021, em torno de 19,8% comparado com o ano de 2020. Registraram-se ao todo 2.186 queixas no ano passado, enquanto no ano anterior ocorreram 1.825.
De fato, essa alta fez com que os bancos subissem da terceira colocação para a segunda no ranking dos mais reclamados. Essa dinâmica deu-se devido ao uso desses serviços de forma remota, devido a pandemia da Covid-19, também resultando num maior assédio a idosos para oferta de empréstimos consignados.
No topo do ranking, com 2.611 registros, encontra-se o setor de comércios eletrônicos. Em 2020 esse segmento também estava em alta com 3.206 queixas. No que tange os motivos das reclamações estão: o descumprimento de direitos básicos é o que tem mais registros (4,8 mil); o vício de serviço (4,3 mil); o descumprimento de oferta (3,6 mil); cobranças abusivas (3 mil); e vício de produto (1,5 mil). Ao total, somam-se 103.887 atendimentos realizados ao longo do ano passado, sendo 44% por telefone, 29% por meios digitais, 25% presencialmente e 2% de atendimento no cartório do Procon.
De acordo com Francisco Togni, Assessor especial do Procon Campinas, “o consumidor passou a realizar operações bancárias mais de maneira remota, então a maior incidência de fraudes de diversas naturezas, fraudes bancárias, dentre elas as fraudes englobando puramente a conta corrente e a fraude de empréstimos consignados“.
Dessa forma, ele associa a alta das queixas contra o setor bancário em 2021 a um novo perfil do consumidor durante a pandemia de Covid-19. Ainda de acordo com o Assessor, “a pandemia fez acentuar essa situação porque houve um aumento da margem consignável do consumidor nesse período, até pelas dificuldades financeiras que todos nós passamos, mas, de forma acentuada os idosos. Então, como houve uma liberação de margem, os idosos passaram a sofrer um assédio muito grande de correspondentes bancários“.
Não obstante, no ano passado, o Procon obteve na Justiça uma liminar determinando que um banco deixe de conceder empréstimos consignados sem a permissão dos consumidores. De acordo com a diretora do órgão, Yara Pupo, essa “medida é resultado de ação civil pública proposta em razão da concessão de centenas de empréstimos consignados a aposentados sem autorização. A liminar continua vigente”.
Já em casos de fraude, Togni recomenda registre-se a reclamação, “para que a gente possa intermediar uma possibilidade de acordo e, não resolvendo o problema, o Procon possa seguir com a decisão deste processo administrativo, se o consumidor tiver razão aplicar a penalidade de multa e já fazer o encaminhamento do consumidor para o Poder Judiciário, para ingressar com uma ação judicial“.
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