Conecte-se conosco

Economia

Recuo de futuros nos EUA; Europa e Ásia ‘positivas’ e Selic em alta pautam Ibovespa de quinta

Inflação ianque sobe, alívio europeu e asiático com variante e Selic a 10,75% para 2022 moldam cotações

Publicado

em

Crédito: bitmag

Numa sessão de contrastes, enquanto os futuros ianques acusam recuo – ante o temor inflacionário e fim do tapering, retirada de estímulos monetários, pelo Federal Reserve (Fed) nos EUA – as bolsas asiáticas avançam, ainda como reflexo do alívio global ante o menor poder letal da variante viral laboratorial, ao passo que as europeias seguem firme no positivo, pelo mesmo motivo.

Emprego nos EUA – Nos Estados Unidos, o momento é de expectativa em relação aos dados semanais de pedidos de seguro-desemprego locais, assim como quanto à divulgação, amanhã (10), dos números da inflação ao consumidor estadunidense. Na próxima semana, o Fed realiza nova reunião, seguida de pronunciamentos de autoridades, que podem dar pistas’ quanto ao ritmo do tapering.

Bolsas ‘aliviadas’ – Em que pese a decisão do banco central chinês – que reduziu a taxa de referência para o yuan (moeda do país oriental) mais baixa frente ao dólar do que o esperado pelo mercado – as bolsas da Ásia sobem, aliviadas com as notícias que apontam um menor poder viral da variante do vírus com origem na mesma China. Na mesma ‘toada positiva’ do momento, a Europa sobe.

Petróleo recua – O temor viral, porém, no momento derruba os preços do petróleo nessa quinta (9), por conta de restrições impostas por alguns governos, devido ao receio de disseminação da variante ômicron, ainda pendente de um diagnóstico científico conclusivo sobre sua real letalidade. Exemplo disso vem do Reino Unido, cujo governo tem procurado convencer a população de voltar a trabalhar em casa novamente, como no auge da pandemia, ou o fechamento de restaurantes, bares e escolas na Dinamarca, ou ainda a interrupção de viagens turísticas por Pequim.

Dois dígitos em 2022 – Na terra brasilis, com direito à inflação descontrolada e economia em recessão técnica, repercute ainda a elevação, na véspera (8), da taxa básica de juros (Selic) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de 1,5 ponto percentual (7,75% a 9,25% ao ano) – maior patamar desde setembro de 2017 – mas já antecipando nova alta, de mesma magnitude, para fevereiro, quando chegará a 10,75% ao ano.

Selic na decolagem – A iniciativa da autoridade monetária é uma sinalização de que o aperto monetário (leia-se, mais altas da Selic) poderá ser ainda maior, no ano que vem, caso seja necessário, “até que as projeções de inflação voltem a estar ancoradas à meta inflacionária futura”

‘Passos ajustados’ – Em nota, o Copom “enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”.

PEC promulgada – No tópico fiscal, também ganha relevância a promulgação, nessa quarta (8), da PEC dos Precatórios, mesmo que de forma ‘fatiada’, ou seja, foram aprovados somente os ‘pontos em comum’ de propostas apresentadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, deixando para posterior apreciação, as demais destaques e propostas de ambas as casas legislativas.

Marco legal do câmbio – Ainda no Legislativo pátrio, o Senado aprovou, também nessa quarta (8), projeto de lei que institui o novo marco legal do mercado de câmbio, que abre a possibilidade de instituições financeiras nacionais invistam no exterior recursos captados no país ou no mercado externo, tendo em vista facilitar o uso do real em transações internacionais. A matéria vai agora para sanção presidencial.

IGP-M a 16,77% – Na agenda do dia, destaque para o avanço de 0,02% do IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado), observado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em novembro último, bem abaixo do patamar de 0,64%, registrado no mês anterior. Somado a esse resultado, o índice acumula alta de 16,77% no ano e de 17,89% nos últimos 12 meses. Mais relevante que os números em si, para o investidor importa notar o tombo da inflação, o que confirma a recessão técnica (dois trimestres negativos seguidos) enfrentada atualmente pelo país.

IPO da Nubank – A novidade do mundo corporativo é o lançamento do IPO banco brasileiro Nubank (valor de mercado de US$ 41,7 bilhões), na Bolsa de Nova Iorque (NYSE), a US$ 9 por ação.

Covid cai de novo – No diário da pandemia, cai 16% a média móvel de mortes por Covid em sete dias no país (183 casos), no confronto com o patamar de 14 dias antes, conforme informou o  consórcio de veículos de imprensa, às 20h.

Principais indicadores

Estados Unidos (futuros)

Dow Jones, -0,18%

S&P 500, -0,19%

Nasdaq, -0,20%

Ásia

Nikkei (Japão), -0,47% (fechado)

Shanghai SE (China), +0,98% (fechado)

Hang Seng Index (Hong Kong), +1,08% (fechado)

Kospi (Coreia do Sul), +0,93% (fechado)

Europa

FTSE 100 (Reino Unido), +0,01%

Dax (Alemanha), +0,04%

CAC 40 (França), +0,23%

FTSE MIB (Itália), +0,40%

Commodities

Petróleo WTI, -0,19%, a US$ 72,22 o barril

Petróleo Brent, -0,46%, a US$ 75,47 o barril

Minério de ferro, -3,17%, a 642,50 iuanes ou US$ 101,26 (bolsa de Dalian – China)

Criptomoedas

Bitcoin, -1,58% a US$ 49.444,01.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS