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Economia

Redução de juros deixa financiamento imobiliário 30% mais barato

Mesmo com as prestações mais baixas, é preciso ter cautela e analisar bem o orçamento antes de solicitar o financiamento.

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Financiamento imobiliário

Com a Selic em 2% ao ano, o menor patamar na história, as taxas de juros para financiamento imobiliário também sofreram quedas. Dessa forma, muitos brasileiros conseguiram encaixar a prestação da casa própria em seu orçamento. 

De acordo com levantamento da plataforma imobiliária Kzas, o financiamento ficou até 30% mais barato. Por exemplo: ao financiar um imóvel de R$ 500 mil dando uma entrada de R$ 100 mil, o financiamento seria de R$ 400 mil e 360 meses para pagar. Considerando o ano de 2016, o mutuário pagaria uma parcela inicial de R$ 4.630,43. Com as atuais taxas do mercado, o mesmo empréstimo se iniciaria com prestação de R$ 3.369,60.

Eduardo Muszkat, CFO e co-fundador da plataforma Kzas, explica: “Como se trata de um financiamento longo, ao final do contrato, o mutuário terá economizado cerca de R$ 240 mil só com a  diferença na taxa de juros”. 

Em outra situação, considerando um imóvel no valor de R$ 950 mil e R$ 100 mil de financiamento, a parcela inicial cai de R$ 1.290,84 para R$ 903,34, e 360 meses para pagar. Ao final do contrato, o solicitante vai ter desembolsado R$ 72,5 mil a menos com juros. 

A taxa de juros, por sua vez, apresenta variação de acordo com cada instituição financeira. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, reduziu as tarifas de juros no mês de outubro para o financiamento imobiliário, além disso vai dar seis meses de carência aos compradores. Assim, a taxa está entre TR + 6,25% ao ano e TR + 8% ao ano. 

Caio Ventura, analista da Guide Investimentos, afirma que os juros brasileiros sempre foram altos ao longo da história, gerando dificuldades no acesso ao financiamento. “Com a redução, temos uma impulsão importante na demanda, o que já é refletido na venda dos imóveis”, explica. Ventura também orienta que o valor da parcela deve comprometer apenas até 30% da renda. 

Muszakt afirma que esse é um bom momento para comprar, afinal existe uma perspectiva de aumento da inflação e, consequentemente, dos juros. “É importante se dar conta de que essa redução nas taxas de juros que os bancos estão fazendo, com toda a questão de que o mercado está retomando, em relação ao que veio, existe uma perspectiva de inflação”.

Por outro lado, Paloma Brum, economista da Toro Investimentos, ressalta que é preciso ter cautela e disciplina diante da compra de um imóvel. “Eu acredito que ela vai precisar ter uma disciplina muito grande em relação aos gastos. Às vezes a pessoa assume um financiamento, acha que vai ter capacidade de renda, mas ela que a pessoa está tão focada na compra, que ela esquece que pode precisar de outras coisas”. 

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